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  • Bebidas e Charutos

    Fumar charuto é um prazer, tal qual o vinho, ele exige tempo para se apreciar os sabores, aromas e notas presentes. Para tornar o momento ainda mais especial, por que não juntar ambos? Uma boa bebida pode acompanhar muito bem, complementando os sabores e elevando as sensações do charuto! 🍷 🚬 Cognac, Whisky, Vinho Seco, Fortificado, Licor, Gim, Cachaça... Qual bebida para acompanhar aquele belo charuto?! Pois é, boas opções não faltam! # Vinho ou Destilado? Os destilados são, comumente, o acompanhamento escolhido pelos apreciadores para harmonizar com charutos. Não sem motivo, é claro, afinal o elevado teor alcoólico destas bebidas consegue bater de frente com a complexidade de sabores do tabaco. Se queres um ritual bastante autêntico e convencional, mais modelar, aposte no Rum e Charuto como a combinação mais adequada, ambos os produtos tem origem caribenha, então podes harmonizar maravilhosamente bem um charuto e um rum cubanos. Certamente se sentirás naquela atmosfera nostálgica de Havana! Para os que preferem um ar mais clássico e tradicional europeu, ou mesmo para os que não são grandes fãs de rum, podes harmonizar teu fumo com Cognac ou Whisky, são igualmente potentes em álcool, complexas e saborosas. Os rótulos que apresentam bastante poder aromático combinarão ainda mais... Lembre-se: assim como na escolha do charuto, para selecionar uma bebida o seu paladar é soberano. Harmonize como gostares mais! Ah, mas é claro que não vamos falar só de destilados... Vamos aos Vinhos! Sim, apesar de trazer menor percentual alcoólico, o vinho pode harmonizar muito bem com charutos. Evidentemente precisamos ser cuidadosos na escolha, um Vinho Verde (D.O.C.), por exemplo, iria desaparecer completamente frente à potência do tabaco. Vale, mais ou menos, a mesma regra de harmonização de quando selecionamos um vinho para acompanhar a comida, não dá para comer um prato super pesado, condimentado e potente junto com um vinho demasiadamente leve, ou vice-versa. Então, procuramos aqui rótulos aromáticos e complexos, como os vinhos fortificados: Xerez, do Porto, Madeira, Banyuls, etc. Às vezes há harmonizações que surpreendem, como no caso dos Espumantes, diversos apreciadores fazem degustações de charutos e champanhes. Os comentários são os melhores, dizendo que muitos rótulos acentuam os aromas dos charutos. Isso porque o vinho, para acompanhar bem o charuto, precisa ter bom corpo, presença de álcool, mas também uma certa acidez, uma vez que ela ajuda a limpar o paladar entre uma baforada e outra. O dulçor também é um elemento desejável para contrapor o amargor do fumo. Enfim, não há bem um certo ou errado quando fazemos tal harmonização, podes reunir as dicas que separamos para ti e escolher a bebida que quiser. Faça experiências e então descubra qual combinação lhe agrada mais o paladar! Obs.: Atente também para a escolha do Charuto, eles são tão diversos quanto as próprias bebidas, podem ser mais suaves ou potentes, alguns trazem aromas diferenciados como café, chocolate ou frutas... tudo isso certamente irá influenciar em suas harmonizações! Não se esqueça, é claro, da moderação. Estes são hábitos prejudiciais e, portanto, devemos estar atentos à saúde!

  • Bag in Box [Vinho na Caixa]

    Você conhece esta inusitada e prática embalagem? Pois é, quando pensamos em vinho logo as garrafas de vinho nos vêm à cabeça... mas não só nos tradicionais vasilhames são comercializados os vinhos. Ótimo exemplo disto é a Bag in Box, o famoso Vinho na Caixa, que vendidos em embalagens de 3 ou 5 litros, são mais econômicos e mais fáceis de usar! Confira um pouco mais neste! 🍷 📦 🍇 O conceito desta embalagem é bem simples e, ao mesmo tempo, bastante sofisticado: o vinho é mantido à vácuo em um saco plástico reforçado, que por sua vez vai dentro de uma caixa - daí o nome Bag in Box (saco na caixa). No exterior da caixa há uma pequenina torneira, por onde sai o vinho ao mesmo tempo que impede a entrada de ar, assim evita a oxidação da bebida. Ou seja, apesar das grandes embalagens, o vinho dura muito mais. Então, mesmo que tu pretendas tomar apenas uma ou duas taças de vinho por dia, esta é uma ótima opção! Seu vinho durará muito mais do que nas tradicionais garrafas de vidro, na média uma bag in box garante a proteção da bebida de 30 até 90 dias. Isso ocorre por conta do vinho estar selado à vácuo na embalagem, por este motivo se costuma dizer que, na bag in box, a qualidade da última taça é igual a da primeira. Diferentemente da garrafa que logo ao ser aberta a bebida já inicia o seu processo de oxidação. Só isso já seria um grande motivo para dar uma chance ao vinho na caixa, mas há mais... Outra enorme vantagem da bag in box, talvez a maior delas, é claro diz respeito a economia! Vamos utilizar como exemplo o rótulo Porta 6 Tinto (2018) da vinícola portuguesa Vidigal Wines, feito com uvas nativas da região de Lisboa. Sua versão em garrafa de vidro (750mL) custa, em média, R$50. Enquanto isso sua versão bag in box (3L), de mesma safra, custa na faixa de R$145, o que corresponderia ao valor de R$36,25 por garrafa. Há alguns rótulos que dão descontos ainda maiores para as versões in box, quando comparadas às garrafas de vidro. Então esta embalagem pode ser uma grande economia! Vale aqui ressaltar: nem pense que uma embalagem de bag in box pode ser semelhante a um vinho de garrafão, por exemplo. As propostas são bem diferentes. Enquanto os garrafões trazem vinhos mais simples em maior quantidade, os vinhos na caixa nasceram para atender uma necessidade do mercado de bares e restaurantes que precisam de bons vinhos finos que fossem mais duráveis para que pudessem ser servidos de taça em taça, sempre com a mesma qualidade. Ou seja, a bebida é exatamente a mesma entre a garrafa e a box, sendo que nesta última o vinho se torna mais duradouro e econômico. Justamente por isso diversas marcas famosas já entraram neste mercado, trazendo rótulos bastante celebrados! Ainda, os rótulos bag in box são muito mais ecológicos do que as garrafas tradicionais, uma vez que é feito em material totalmente reciclável e cuja produção emite uma pegada muito menor de carbono do que na produção do vidro. Viu só? A bag in box é uma ótima opção para os variados estilos de enófilos! Vale a pena para aqueles que bebem só um pouquinho, pois a durabilidade e constância de sabores será bem maior. Vale também para aqueles que bebem bastante e com frequência, uma vez que suas embalagens maiores lhe garantirão muita praticidade e bons descontos. Todos saem felizes com seu Vinho na Caixa! Mas, é claro, nem tudo é só vantagens. A principal desvantagem da bag in box é a tradicionalidade do mercado. Muitos puristas ainda são demasiadamente apegados às garrafas de vidro e rolhas do modo mais tradicional de consumo. Isto tem impacto direto no mercado, uma vez que muitos produtores tem receio de aderir a tais embalagens e por isso a quantidade de variedades disponíveis é ainda pequena em relação aos vasilhames clássicos. E, então? Já conhecia a Bag in Box? Se não, vale a pena anotar na lista de compras e experimentar as vantagens do vinho na caixa... É também uma ótima dica de presente para pedir em seu aniversário. Já vem até na caixa, nem precisa embrulhar!!! 🤣 🎁 🍷

  • Como armazenar meus Vinhos?

    Já se perguntou como guardar as garrafas de vinhos para que nada lhes aconteça? Como guardar antes de abri-las e depois de abertas? Pois é, são coisas simples, mas que fazem toda a diferença. Principalmente se desejas guardar uma garrafa por muitos anos! Então, continua neste post que a gente lhe explica direitinho como conservar os vinhos em sua casa. 🍾🥂 Há muito o homem deseja conservar o vinho por mais tempo, o que era bem difícil até 1630, pois não havia uma embalagem adequada para tal, até que veio a invenção das garrafas de vidros e das rolhas de cortiça. Dessa forma, percebeu-se que o vinho ampliou grandemente a sua durabilidade e hoje há rótulos que podem ser conservados por mais de quarenta anos, como os vinhos da ilha da Madeira, em Portugal. Ainda sim, há algumas dicas a serem seguidas para melhor preservação das bebidas, pois mesmo com alto potencial de guarda, se mal conservados, os vinhos podem se deteriorar mais rapidamente. Como conservar Antes de Abrir? Enquanto fechado o mais importante é manter o vinho muito bem vedado para evitar o contato com o oxigênio e com fungos do ambiente externo, o que aceleraria enormemente o processo de degradação da bebida - se isso acontecer encontrará uma péssima surpresa ao abrir a garrafa! Para tanto mantenha o vinho longe da luminosidade e do excesso de calor, por isso as garrafas são guardadas em adegas, despensas, ou repartições específicas dos móveis de cozinha. O ideal é procurar o local mais frio da residência para que a bebida fique armazenada. Os 13º C é considerada a temperatura ideal, mas, convenhamos, no Brasil isso é praticamente impossível, então basta procurar um local bem fresco, arejado e sem iluminação solar direta. As adegas elétricas são opções maravilhosas para conservar a bebida, mas não é necessária, apenas um diferencial. Para a rolha não secar, levando ao vazamento do vinho ou oxidação da bebida, mantenha a garrafa deitada e em local com certa umidade. Se tu moras num lugar que já congrega bem estes elementos, sem problemas! Se vives num local muito quente e seco o ideal é uma adega mesmo, ou podes manter as garrafas numa região menos fria da geladeira - assim a temperatura será baixa, sem iluminação solar e com certa umidade! Outrossim, vinhos com rolha devem ficar sempre deitados, assim a bebida fica sempre em contato com a rolha mantendo-a umidecida, evitando sua deterioração. Vinhos com vedação Screw Cap, ou com rolhas de Vidro é indiferente se ficam em pé ou deitados. Como consevar Depois de Aberto? Depois de retirada a tampa, rolha ou screwcap, o caminho para a deterioração é inevitável, uma questão de tempo, e bem rápido, alguns dias. Se queres um vinho que dure muito tempo depois de aberto o ideal é apostar nas caixas que, apesar de terem seu três a cinco litros, mesmo depois de abertas duram cerca de trinta dias em geladeira. Alguns tipos de vinho naturalmente duram mais que outros, é o caso de licorosos, como o Vinho do Porto, que podem ser mantidos por cerca de vinte e oito dias mesmo depois de abertos. Após abrir um vinho, mantenha o restante na garrafa e dentro da geladeira para melhor conservar, não se esqueça de tampar novamente, podes usar a própria rolha que veio com o vinho ou comprar aquelas "rolhas universais", de vidro ou cortiça, feitas justamente para tampar garrafas já abertas. Abaixo temos a duração aproximada de cada vinho depois de aberto: Espumantes : 1 a 3 Dias Brancos leves e Rosés : 3 a 7 Dias Branco Encorpado : 2 a 3 Dias Tintos Leves : 1 a 3 Dias Tintos Encorpados : 4 a 5 Dias Fortificados : Até uns 28 Dias Fique atento a algumas especificidades, como os espumantes por exemplo, que podem até durar três dias depois de aberto, mas não necessariamente suas bolhas durarão tanto tempo. Sem o gás carbônico se perde o próprio vinho espumante, ainda que este não tenha se deteriorado. Viu só? Há algumas dicas para guardar bem os seus vinhos. Mas no final é bem simples, então agora podes encher a Adega sem se preocupar! 🍷

  • 10 Pratos clássicos feitos com Vinho

    Vinho na taça, vinho no prato! A gastronomia clássica nos traz exemplos maravilhosos da versatilidade dos vinhos na cozinha, são sopas, molhos, carnes e até sobremesas onde a bebida auxilia na complexidade dos sabores e torna estas receitas ainda mais inesquecíveis. Pronto para encorporar a Julia Child que há dentro de si? Então, confira estas receitas divinas que separamos! 🍴🥂 Boeuf Bourguignon Ao citar a indispensável Julia Child, a primeira receita que me vem a cabeça é o Boeuf Bourguignon. O bife à borgonhesa é um prato clássico na gastronomia francesa que consiste, basicamente, em um guisado de carne bovina, vinho tinto e vegetais. Como o próprio nome explicita é um prato proveniente da Borgonha, uma região bastante famosa também por seus vinhos finos de altíssima qualidade. A receita é simples, mas o resultado é incrível, vale muito a pena experimentar! De maneira geral, a carne é cortada em cubos, marinada em vinho tinto com legumes, depois cozida lentamente neste belo molho até ficar super macia, cogumelos e bacon também costumam fazer parte das receitas. Tradicionalmente, come-se com algum macarrão fresco ou pão e com o próprio vinho que se usou no cozimento (se não ele, algum rótulo similar, este é o truque para harmonizar com perfeição). Confira aqui a receita completa! Beef Wellington O Bife Wellington é um prato inglês bastante complexo e muito saboroso. É uma preparação bastante singular de filé mignon, no qual a carne é revestida por um patê, duxelle (uma espécie de redução de cogumelos), depois envolvida em massa folhada e então assado - algumas versões trazem mostarda e presunto cru na receita. O resultado é uma carne suculenta e super saborosa dentro de uma massa crocante e sequinha. A origem do nome é incerta, mas, possilvemente, homenageia o comandante britânico Arthur Wellesley que auxiliou fortemente na derrota de Napoleão na Europa e que se tornou o primeiro Duque de Wellington. Certo, mas onde vai o vinho? Tradicionalmente, o molho que acompanha o Bife que é feito a base de vinho. Originalmente é uma redução de vinho do Porto, vinagre balsâmico e especiarias, porém há versões mais modernas que preferem utilizar um Syrah na preparação! Eu particularmente gosto de ambos os molhos, desde que sobre um pouco de Syrah na minha taça. Confira aqui a receita completa! Bouillabaisse/Bisque Aqui temos duas preparações clássicas francesas, a Bouilabaisse e a Bisque. A Bouilabaisse consiste em uma sopa ou guisado preparado à base de peixes brancos, frutos do mar, vegetais e ervas aromáticas cozidos em vinho branco. Na realidade são duas preparações num mesmo prato, primeiro os peixes e vegetais e (em separado) o caldo ou sopa que serve como base da receita. Há, de maneira similar, a Bisque, uma sopa cuja base são crustáceos, mariscos e vegetais cozidos em vinho branco e engrossados com creme de leite. Ambos os pratos são preciosidades àqueles que não dispensam o fresco sabor do mar que se destaca maravilhosamente com um bom vinho branco leve ou espumante. Confira aqui a receita completa! Coniglio/Pollo alla Cacciatora Agora entramos na iniqualável culinária italiana com o Coniglio ou Pollo alla Cacciatora (Coelho ou Frango à caçadora, em uma tradução literal). Basicamente as receitas são uma só, com a diferença que na primeira a proteína é o coelho e na segunda, o frango. Estes pratos, feitos à moda caçador, levam cebolas, alho, ervas, tomate e por vezes pimentões, cogumelos, alcaparras e outros legumes que são cozidos junto à carne em vinho - tradicionalmente se usa vinho tinto, mas uma variação bastante comum é o alla cacciatora bianco, que leva o vinho branco no lugar. Um bom rótulo de Sangiovese fica incrível com este prato que comumente acompanha massa fresca! Confira aqui a receita completa! Coq au Vin Bastante similar ao pollo alla cacciatora e ao boeuf bourguignon, há o clássico francês Coq au Vin - frango ao vinho. O prato também consiste num guisado de frango em vinho tinto com bacon, cebolas, cogumelos, cenouras, salsão e ervas - neste caso também há uma versão branca, o Coq au Vin Blanc, geralmente feito com Riesling, mas muito pouco comum, há uma preferência nacional pela versão tinta. Aliás, existe uma lenda bastante legal para origem deste prazo: Dizem que, durante as guerras da Gália (por volta de 50 a.C.), o líder dos gauleses enviou a Júlio César um galo de briga, símbolo dos povos que habitavam aquela região, em resposta César mandou fazer um jantar com o galo cozido em vinho, símbolo cultural de Roma. Assim teria nascido o clássico Coq au Vin! Aqui vale a regra do Bourguignon, pode-se harmonizar com o próprio vinho usado na cocção. Confira aqui a receita completa! Fondue Um dia frio, uma taça de vinho... isso logo nos remete a um delicioso fondue em frente à lareira! Um dos pratos mais famosos da Suíça é conhecido por ficar sempre quentinho graças à lamparina que fica sob o fondue. A receita original é a de queijo, apesar de haver muitas variações hoje em dia (chocolate, carne, doce de leite, etc), feito com Gruyère e Emmental fundidos com vinho branco. Na verdade a receita tradicional é feita com um suco destilado alemão de cerejas pretas, a Kirsch, porém (talvez devido à raridade do produto) se adaptou para o vinho branco, mesmo nos restaurantes clássicos suíços. Este é um prato perfeito para dois, pode acompanhar pães, carnes, batatas, legumes e, é claro, com uma bela taça de vinho - recomendo um branco mais complexo! Confira aqui a receita completa! Homard Thermidor A lagosta é um dos mais saborosos e desejados frutos do mar e uma das receitas mais conhecidas é o clássico francês Lagosta (Homard) à Thermidor. Nele a carne da lagosta é cozida em um riquíssimo molho de vinho branco, com brandy e gemas de ovos e uma casca crocante de queijo gratinado, comumente Gruyère, sob a lagosta. O nome deste prato faz referência a uma peça de Victorien Sardou sobre o período do terror da Revolução Francesa, chamado Thermidor. Como estratégia de marketing para vender mais ingressos e mais pratos, Tony Girod teria criado a receita para o Café de Paris. Este é um delicioso prato para celebrar com uma bela taça de vinho branco ou até um espumante! Confira aqui a receita completa! Ragu (Bolognesa e Napoletano) O ragu é uma receita italiana conhecidíssima do Brasil, sobretudo a versão bolonhesa. Um ragu é essencialmente um molho à base de uma carne cozida, bastante comum como acompanhamento de massas, polentas e purês. As duas versões mais famosas deste clássico da Itália são: Napoletano (napolitana) e Bolognesa (bolonhesa). O napoletano pode levar diferentes tipos de carnes cozidas em fogo baixo ou médio durante várias horas, até desmanchar, a receita também leva extrato de tomate, azeite, cebola, vinho tinto e água - esta versão costuma acompanhar massas como usado rigatoni ou fusilli. A bolognesa é feita com carne moída, geralmente bovina, com tomate e vinho branco (sim, apesar do senso comum imaginar que bolonhesa leva vinho tinto, tradicionalmente é feito com branco), leva também bacon, cenoura, salsão, leite e manteiga - esta versão costuma acompanhar spaghetti, fettuccine ou pappardelle. Agora é só não esquecer de guardar uma taça do vinho para ti, que este prato harmoniza bem com tintos e brancos! Confira aqui a receita completa! Stracotto Esta é outra receita italiana de carne com vinho, o Stracotto. Um clássico no qual uma carne de longa cocção é amolecida lentamente no fogo baixo em um molho com temperos, ervas, caldo de carne e vinho tinto. A carne é muito bem cozida, a ponto de ficar super macia mas sem perder a consistência, depois é fatiada bem fininho e disposta sobre o acompanhamento, normalmente uma polenta ou uma massa de fio. O molho deste cozido é sensacional e harmoniza perfeitamente com vinhos mais tânicos e potentes. Confira aqui a receita completa! Poires à La Belle Hélène Por fim, é claro, não poderia faltar uma sobremesa! Esta é uma receita maravilhosa da França, que (na minha opinião) tem as melhores receitas de sobremesas. Este prato foi criado pelo Chef Auguste Escoffier em homenagem à ópera parisiense La Belle Hélène. São basicamente peras cozidas em um caldo com água, um vinho tinto leve e especiarias, depois cobertas com ganache de chocolate, são perfeitas com creme chantilly ou uma bola de sorvete de baunilha ao lado! A receita costuma levar vinhos franceses não muito potentes, um Pinot Noir ou Gamay, por exemplo. O ideal é harmonizar depois com um vinho tão doce quanto a sobremesa, um espumante Moscato ou um vinho do Porto são boas opções! Confira aqui a receita completa! Então, abra uma garrafa de vinho, separe aquela taça para si e bora cozinhar! 🍷🍽

  • Vinhos com Sorvete!

    Vinho é tudo de bom, sorvete também! Então, por que não harmonizar estas duas delícias? Sim, dá para fazer ótimas combinações entre estes dois, independentemente do sabor que preferes. Se está afim de se surpreender fica ligado neste post e na próxima vez que encher sua taça de vinho, encha outra de sorvete! 🍨🍷🍦🥂 Vamos lá? Então, escolha seu sabor favorito, abra aquele vinho e aproveite esta inusitada e doce harmonização! Chocolate Banyuls Estes vinhos tintos fortificados franceses são excelentes para harmonizar com sorvetes de chocolate, principalmente aqueles com toques de amargor. Aliás, estes rótulos servem não só para os sorvetes mas também com os próprios chocolates! Seu alto teor alcoólico é capaz de neutralizar a cremosidade presente no chocolate e no sorvete, além de apresentar uma potência similar em boca. Outra boa opção de harmonização com sorvetes de chocolate são os Vinhos do Porto da variação Tawny. Creme ou Baunilha Prosecco Creme e Baunilha são sabores de sorvete mais leves, há inclusive quem não os considere muito por causa disso. Para harmonizar com eles os espumantes do tipo Prosecco italianos são ótimos, sua perlage serve para ajudar na degustação, trazendo mais frescor e limpando bem o paladar. Comumentes são espumantes que apresentam aromas de frutas cítricas e sabor fresco e elegante, com leve acidez, balanceando o dulçor e cremosidade do sorvete. Estes rótulos também acompanham muito bem sorvetes de passas ao rum. Morango/Frutas Vermelhas Rosé O sorvete de morango é o favorito de muita gente, não à toa, pois é um dos poucos sabores que trazem dulçor, acidez e cremosidade devidamente balanceados. Para estes sorvetes o vinho ideal são os Rosés. Assim como o próprio sorvete de morango, estes vinhos são bastantes balanceados, com sua coloração rosada, possuiem paladar equilibrado e tentador, trazendo um final suave e agradável na boca. É um vinho perfeito para se tomar gelado apreciando com um sorvete de morango em um dia bem quente! Frutas Cítricas Pinot Grigio Abacaxi, Limão, Maracujá, Laranja, Kiwi - as alternativas são muitas para os sovetes cítricos, mas uma coisa eles tem em comum: a predominância da acidez, ante a cremosidade e doçura. Para harmonizar adequadamente se faz necessário um vinho que traga o equilíbrio necessário, a italiana branca Pinot Grigio é uma cepa perfeita para os sorvetes de frutas cítricas. Outras ótimas opções são os espumantes Moscatel e os brancos Sauvignon Blanc, por serem bebidas leves, aromáticas e frutadas. Passas ao Rum/Frutas Cristalizadas Xerez/Jerez Passas ao Rum é um de meus sorvetes favoritos, uma deliciosa base de baunilha, com o dulçor das uvas passas e um delicioso sabor alcoólico e amadeirado do Rum. Uma genialidade ímpar: embebedar o sorvete! Mas é claro, podemos conseguir um pouquinho mais de álcool com uma taça de vinho. O Xerez, ou Jerez em castellano, é um vinho licoroso branco, potente em álcool e saboroso, seu sabor dialoga facilmente com a potência do rum e o dulçor das frutas cristalizadas ou passas. Este vinho espanhol também combina muito bem com os sorvetes de creme, baunilha, ameixa ou banana. Amendôas/Nozes/Castanhas Porto Tawny Sabores maravilhosos de sorvete, são docinhos, cremosos e com aqueles pequenos pedaços crocantes dos nuts que lhe dão sabor. O vinho do Porto, sobretudo a versão Tawny, envelhecida, bem alcoólica e potente em sabor, gera um casamento perfeito com sorvetes com estas características, também combinam muitíssimo bem com sorvetes que tenham calda de caramelo, amêndoas, castanhas, nozes, amendoim ou avelãs - como acompanhamente ainda que não como sabores principais. E, então, curtiu? Agora é só abastecer o Freezer, a Adega e esperar aquele dia quente para usufruir desta álgida harmonização! 😋🥂

  • Os Aromas do Vinho

    Frutado, floral, frutas vermelhas e pretas, manteiga, nozes, couro, chocolate, tabaco... Já se perguntou de onde vêm todos estes perfumes que os especialistas comentam nos vinhos? Pois este post te apresenta um pouco mais sobre como identificar os aromas na bebida. Aproveitamos para te contar o que é Bouquet e o que ele tem a ver com os aromas do vinho. Então, vamos lá! 🤔 Primeiro, vale ressaltar que os perfumes surgem naturalmente nos vinhos (sem adição de substâncias para tal) e que é completamente comum ter dificuladades em identificá-los! Para se tornar um mestre é preciso técnica, conhecimento e muita prática. Então, vamos abrir uma garrafa e começar a estudar! No começo, ficar cheirando a taça em busca dos aromas da bebida pode parecer estranho, difícil e até cômico. Mas é mais tranquilo do que parece, basta abrir a mente para sua memória gustativa e turbinar seu olfato. Algumas pessoas tem mais dificuldade em se lembrar dos perfumes, neste caso podes tentar comparar alguns vinhos - sinta o cheiro de um tinto potente, como um Tannat, e depois troque por um branco leve ou espumante, Chardonnay, por exemplo. Certamente vais perceber que os perfumes e tons são muito diversos! Além disso, não só pelo olfato percebemos os cheiros, o paladar pode ajudar (não à toa paramos de sentir sabores quando estamos gripados), é o famoso retrogosto. Os sentidos se relacionam, use isso a seu favor: cheire, prove, cheire novamente, compare e então tire suas conclusões. Agora, porém, vamos às partes técnicas. Os aromas dos vinhos são divididos de três formas: Primários, Secundários e Terciários - e estão relacionados com sua origem. A seguir vamos conhecer melhor cada um deles... Primários Este são os primeiros aromas que surgem no vinho, geralmente são aqueles aromas próprios das uvas, por isso são chamados também de aromas varietais. Estes perfumes podem variar de acordo com a cepa, terroir, clima, cultivo e maturidade da uva, geralmente são aromas frutados ou florais, que nos remetem diretamente à fruta e são mais facilmente percebidos. Exemplos: Frutas vermelhas, frutas negras, frutas cítricas, frutas tropicais, flores brancas ou ervas verdes. Secundários Os aromas secundários são aqueles gerados durante as fermentações da bebida, nestes processos o vinho adquire perfumes, ganha complexidade, profundidade de sabores e torna-se este festival de sensações que amamos. Os fungos e bacteriais agem tão profundamente que um vinho pode se tranformar completamente com as fermentações. Exemplos: Pão, biscoito/bolacha, manteiga, queijos, coco, baunilha, especiarias, trufas ou cogumelos. Terciários Por fim, os aromas terciários são aqueles que surgem com o tempo e podem ir sendo adquiridos durante muitos e muitos anos. Podem ser resultado do envelhecimento em barrica e/ou da guarda dos vinhos na garrafa mesmo. Os franceses possuem um termo especial para se referir a este tipo de aromas: Bouquet! Esta nomenclatura é usada apenas para os vinhos que possuem aromas provenientes do envelhecimento, às bebidas mais jovens não é comum aplicar este termo - neste caso chamamos de aromas terciários mesmo. As notas e nuances de perfumes podem ser os mais diversos neste momento, afinal o vinho é uma bebida viva, em constante mutação. Agitar um pouco a taça e deixar que o vinho oxigene pode ajudar a liberar estes perfumes que são, via de regra, mais discretos que os dois anteriores. Exemplos: Mel, chocolates, cacau, café, caramelo, folhas secas, tabaco, carvalho, madeira, couro ou nozes. DICAS Para finalizar aqui vão algumas dicas para te auxiliar durante a degustação de um rótulo, assim ficará bem mais fácil identificar os aromas presentes na bebida: - Beba, pelo menos um pouquinho, antes de comer qualquer coisa. Isso garantirá que seus paladar e olfato estarão limpos para apreciar o vinho. - Segure corretamente a taça, pela haste, assim os perfumes que tiveres nas mãos (como cremes, sabonetes, álcool gel, etc) não interferirão na sua avaliação, ficando distantes do nariz. - Evite locais muito perfumados, velas aromáticas, fumo, perfume em excesso, incensos, podem atrapalhar na avaliação dos aromas, principalmente no começo. - Sirva só um pouco de vinho, não mais que 2/3 da taça, assim a bebida oxigena, os perfumes afloram e tu podes degustar com calma, sentindo tudo o que há no vinho! Agora é só abrir a garrafa que quiseres e ir provando e provando até virar um expert na avaliação dos aromas... Então, Saúde! 🥂

  • Vinho Vegano?!

    Espere um pouco... vinho é feito só de uvas, então todo vinho é vegano, certo?! Pior que não! Em algumas etapas da produção da bebida podem ser adicionados elementos de origem animal. Por isso, aqueles que adotam o estilo de vida vegano devem estar atentos aos rótulos disponíveis no mercado. Neste post explicamos como identificar as bebidas em detrimento às não veganas. Quando o vinho não é Vegano? Primeiro, para iniciar o debate, precisamos entender um pouco sobre o processo de Clarificação. Este é um estágio da produção do vinho no qual a bebida é purificada, sendo introduzido um agente filtrante nos barris de bebida. Este filtrante, comumente, é uma proteína capaz de coagular os "resíduos"do vinho, como pedaços de cascas e polpas, por exemplo. Este material indesejado é retido no fundo do barril e eliminado durante o engarrafamento do vinho finalizado. Essa proteína que é a questão, pois pode ser tanto de origem mineral, quanto animal! Vale lembrar, contudo, que estas matérias filtrantes não permanecem no vinho, são eliminadas junto com os resíduos, mas tanto basta para que o alimento seja removido da lista de produtos veganos. Ainda, nem todos os vinhos passam por este estágio, ficando livres destas substâncias. As subtâncias animais utilizadas na clarificação são diversas. Na Idade Média, por exemplo, monges portugueses utilizavam clara de ovos para afinar os vinhos, as gemas, por sua vez, eram enviadas às freiras para produção de doces destinados aos pequenos. Estes doces conventuais são, até na atualidade, símbolos da gastronomia em Portugal. A proteína presente na clara do ovo é a Albumina que ainda hoje é utilizada para este fim, limpar os resíduos do vinho. Outras proteínas que também podem ser utilizadas na clarificação são: a Gelatina (colágeno animal), a Ictiocola (uma espécie de colágeno da bexiga dos peixes) e a Caseína (proteína encontrada no leite fresco). Alguns produtores utilizam Bentonite (um mineral da argila) no processo, neste caso o vinho é liberado aos veganos! Como saber se um vinho é Vegano ou não? Alguns vinhos, sobretudo os orgânicos, trazem essa informação no rótulo ou no contra-rótulo da garrafa. Mas a grande maioria dos produtores ainda não se atenta a estes detalhes que são imprescindíveis àqueles que seguem o estilo alimentar vegano. Ainda sim, não custa olhar... se esta informação estiver ali, já é uma mão na roda! Por vezes o produtor não estampa este dado, mas revendedores (tanto em lojas físicas, quanto on-lines) se preocupam em buscar a informação, assim, com uma rápida pesquisa, consegues saber se o vinho que desejas é ou não vegano. Há mercados que inclusive criaram uma seção vegana em suas adegas! As expressões "não filtrado", "não afinado", "métodos de autoclarificação natural"e "Kosher"ou "Kasher" indicam que o vinho é vegano. Nos três primeiros casos porque indicam que nenhum agente foi utilizado durante a clarificação. Nos dois últimos pois são produzidos de acordo com as regras alimentares judaicas, que proibe o uso de elementos de origem animal nos vinhos. Em último caso (se não obtiver nenhuma resposta até aqui) a melhor opção é buscar informações diretamente com o produtor. Quase todos os fabricantes se colocam à disposição para tirar dúvidas de seus clientes, podes aproveitar para questionar sobre o assunto. Quem sabe os produtores até se atentem para isso e passem a trazer este dado nos rótulos. Viu só? Há vinho para todos os estilos, gostos e opções... O importante é sempre manter a taça cheia. Seja para acompanhar um prato vegano ou carnívoro, abra uma boa garrafa e Saúde! 🥂

  • Harmonização: Vinho e Música

    O vinho ideal para cada estilo musical: Um delicioso vinho, uma boa playlist, eis uma bela harmonização. Neste post separamos um tipo de vinho para harmonizar com cada estilo musical para lhe provar que esta é uma ótima combinação. Encha sua taça, aumente o volume e relaxe, porque hoje é dia de vinho, bebê! 🎶🍷🎵 Primeiro, vale comentar que, é claro, as "harmonizações"aqui propostas não tem nenhum fundamento gastronômico, a ideia é apresentar vinhos que possam ser relacionados aos ritmos e estilos musicais. Algumas pesquisas recentes (publicadas pela British Journal of Psychology) apontam para a possibilidade da música influenciar no processo de degustação do vinho, impactando diretamente na sessão dos sabores. Apesar de serem teorias ainda, por que não testar estas combinações e tirarmos nossas próprias provas?! Música Erudita/Ópera Espumantes Ah, a música clássica! Tão chique, rica e diversa - vai desde as leves sonatas em piano de Claude Debussy e Beethoven, até as intensas composições de Carl Orff e Camille Saint-Saëns. O mesmo vale para as Óperas que podem ser suaves melodias, como em Turandot de Giacomo Puccini, até músicas mais carregadas como em A Flauta Mágica de Mozart. Igualmente, os espumantes são vinhos elegantes, agradáveis e diversos. Um Moscatel cabe muito bem com as composições mais suaves e um Brut ou Prosecco para aquelas mais intensas. Vai por mim, esta harmonização é simplesmente perfeita! Jazz/Blues Gewürztraminer (Brancos Intensos) O Jazz e o Blues são maravilhosos, relaxantes, potentes, harmoniozos e, em certa medida, picantes e intensos! Para acompanhá-los precisamos de uma bebida à altura, cepas como Gewürztraminer e Riesling, apresentam a complexidade e intensidade suficientes para interagir com um bom jazz. As composições mais melódicas e suaves, como Bang Bang ou My Way, podem harmonizar com vinhos mais jovens e frutados, as músicas mais intensas, com aqueles sons pesados de metais que só o jazz e o blues sabem oferecer, como o clássico It don't mean a thing, podem acompanhar bebidas envelhecidas, com estágio em barrica, de sabores mais complexos e potentes. Rock'n Roll/Metal Cabernet Sauvignon (Tintos Encorpados) O Rock é eclético, potente e um deleite para a mente e corpo, assim como os tintos mais encorpados. Clássicos como Beatles, Queen ou Led Zeppelin, por exemplo, podem ser degustados junto aos também clássicos Cabernet Sauvignon ou Malbec. Para sons mais pesados, o Hard Rock ou Metal, como em System of a Down ou Iron Maiden, podemos optar por rótulos mais tânicos, complexos e potentes, como num Tannat ou Syrah. Se tu é daqueles que curte rock idenpendentemente do estilo, indo desde os clássicos dos 60 e 70 até o metal moderno, vai de Tempranillo que harmonizará com toda a tua playlist! Pop Rosés O Pop é um estilo bastante versátil, alguns artistas se aproximam do rock, outros do rap, hip hop, eletrônica e há até alguns estilos novos (pelo menos para nós) que tem conquistado o mundo, como o K-Pop, por exemplo. Igualmente versátil é o vinho Rosé, podem ser leves e florais, ou mais intensos, frutados e complexos. Assim, podes escolher um rótulo de acordo com o estilo de pop que mais lhe agrada! Há ainda os frisantes e espumantes rosés, o que gera ainda mais opções para curtir com este estilo musical. Caso ainda esteja em dúvida os rosés portugueses são grandes coringas, costumam ser bastante agradáveis e fáceis de beber. Bossa Nova/MPB Chardonnay (Brancos Leves) Eis aqui estilos brasileiríssimos! A Bossa Nova e a MPB são ícones da história cultural brasileira, amados em todo o mundo. Não à toa, Garota de Ipanema de Tom Jobim é a música mais regravada de toda a história da música. Enfim, são letras contemplativas e inteligentes, ritmos harmoniosos e sedosos aos ouvidos. De mesma maneira, as cepas clássicas brancas unem, perfeitamente, a delicadeza e a complexidade. Este é o caso da Chardonnay, Sauvignon Blanc e Pinot Grigio. Esta última uva é harmonização recorrente aqui em casa quando decido ouvir as preciosas faixas gravadas por Elis Regina! Samba Pinot Noir (Tintos Leves) Não deixaremos o Samba morrer, é claro! Então aqui vão harmonizações para este ritmo que é a cara do Brasil. Quando penos em samba, talvez por meu gosto meio antiquado, sou transportado imediatamente às composições de genialidades como Noel, Cartola e Adoniran. Estes sambas mais clássicos e melódicos, super combinam com o tradicional e delicado Pinot Noir, uma das rainhas tintas. Para estas músicas busque os rótulos mais complexos, com estágio em barrica e aromas mais ricos - assim terá um acompanhante ao nível destas grandes canções. Agora, se preferes o Samba moderno, mais alegre e descontraído, procure pelas versões mais jovens e leves destes vinhos, certamente resultará tão bem quanto uma cervejinha! Outras cepas, delicadas, suaves e harmônicas para acompanhar seu sambinha são a Cabernet Franc ou Gamay. Sertanejo Sangiovese (Tintos Médios) O Sertanejo é um dos estilos mais apreciados de nosso país sem porteira! Desde os clássicos até o moderno sertanejo universitário, as letras e estilos são os mais variados, desde os sofrimentos amorosos até as pegações de um final de semana, as opções são inúmeras. Para acompanhar um ritmo tão diverso os tintos de corpo médio caem como uma luva, são rótulo leves, saborosos, mas com boa profundidade de sabores - assim como a música sertaneja, que varia do leve ao profundo com facilidade! Para que sofrer as desilusões das músicas sertanejas com Corote? vai por mim a sofrência será bem melhor com uma taça de Sangiovese ou Merlot! Eletrônica/Disco/Funk Vinho Verde (Refrescantes e Frisantes) A música eletrônica, o funk e o estilo Disco são divertidos, alegres e dançantes. Muito focados nos intrumentos, sona e mixagens estes ritmos são refrescantes, possuem jovialidade e excitação aos ouvidos, estes mesmos adjetivos podem ser usados para descrever os sabores dos Vinhos Verdes (D.O.C.) de Portugal. Extremamente agradáveis, trazem o frescor e sabores para uma bela noite de dança e muita música. Vale lembrar que os vinhos verdes são encontrados em versões tintas, rosés e brancas, podes escolher a que mais gostas, aumentar o som e aproveitar sua própria boate! Pronto, agora é só abrir uma garrafa de vinho, encher uma taça, arrastar o sofá e se preparar para dançar ao som do teu estilo musical favorito. Saúde e bom proveito!

  • Chaptalização: Açúcar no vinho?

    No século XVIII, o químico francês Jean-Antoine Chaptal propôs o método de chaptalização, que consiste na adição de açúcar ao vinho para elevar o teor alcoólico da bebida. A técnica ainda hoje é utilizada, mas por que recorrer ao açúcar para tornar o vinho mais alcoólico? E, ainda, por que esse método gera tanta controvérsia? Prossiga na leitura que aqui a gente te explica! Basicamente, o Método de Chaptalização é este: adicionar açúcar ao vinho durante o processo de fermentação para que o álcool seja elevado, resultando numa bebida de maior percentual alcoólico. Isso é feito porque, em muitos lugares, existe uma porcentagem mínima de álcool definida por lei para os vinhos, também por que há um valor mínimo para que o vinho receba nomes como Reserva ou Gran Reserva, por exemplo. Ou seja, se as uvas não geram a graduação alcoólica necessária, a chaptalização garante que isso aconteça! Muitos são os fatores para essa falta de açúcares nas uvas, desde variações climáticas (como excesso de chuvas ou temperaturas muito baixas), até problemas durante o plantio, a partir dos quais as uvas sofrem bastante para atingir a maturação. Ainda sim, o processo é controverso, há produtores e consumidores que defendem o método como uma técnica enológica válida, outros, porém, defendem a mínima intervenção nos vinhos e consideram a chaptalização quase uma enganação, uma forma de adulterar a bebida! Este debate foi bastante intensificado após um caso que terminou no tribunal de Bordeaux. Em 2018, autoridades francesas entraram com um processo contra o Château Giscours, de uma vinícola de Margaux, por chaptalizar ilegalmente dois tanques de vinho da safra de 2016. Os lotes eram uma mescla das uvas Cabernet Sauvignon e Merlot, sendo que esta última cepa, segundo regulamentos locais, estava proibida de ser chaptalizada. A vinícola não negou ter adicionado açúcar ao vinho, mas disse que havia solicitado e recebido a permissão do órgão regulador e que jamais tentaram burlar a lei. O resultado: multa de 200 mil euros e pena de três meses de prisão a dois diretores da vinícola pelo ocorrido! Como se não bastasse a polêmica, durante o processo contra a vinícola, seu proprietário, o empresário holandês Eric Albada Jelgersma, morreu em sua casa na Suíça. O tema é controverso e gera muitas intrigas, mesmo entre os especialistas. Vale lembrar, porém, que a chaptalização é um método tradicional usado pelos viticultores, desde o século XVIII, para aumentar o teor alcoólico do vinho e que , mesmo os romanos, durante a Antiguidade, já utilizavam o mel para potencializar a bebida. Ainda, a prática é cada vez menos utilizada, a massiva maioria dos produtores prefere adotar outros métodos para aumentar o álcool do vinho. Lembro que (ainda que esta técnica não seja a ideal) quando a chaptalização é aplicada acrescenta-se 1% ou 2% de álcool por meio do açúcar, os produtores não têm a liberdade para colocar no vinho a quantidade de açúcares que desejarem. Outros especialistas apontam para o fato de que o problema não está na técnica mas nas uvas - se a fruta não atingiu a quantidade de grau necessário para o vinho ela resultará numa bebida desequilibrada, e isso independe da chaptalização. Há, ainda, aqueles que entendem que sem a chaptalização muitas safras seriam perdidas, pois as uvas apodreceriam aguardando possuir a concentração adequada de açúcares internos. Enfim, o tema é complexo, o importante é, antes de condenar, entender o porquê do uso da Chaptalização!

  • Reservado, Reserva ou Gran Reserva

    Constantemente nos deparamos com expressões, as mais diversas, nos rótulos de vinhos. Exemplo disso são os termos Reservado, Reserva ou Gran Reserva. Mas, afinal, qual a diferença? E que mudanças isso traz para o resultado do vinho? Se tu queres saber mais a este respeito este post é para ti! Vamos lá?! Bom, para começar, primeiro temos que saber qual a diferença entre estes termos e isso depende, inclusive, da legislação de cada país. Na região de Rioja, da Espanha, os vinhos tintos só podem receber a nomenclatura de Reserva se passarem, no mínimo, três anos envelhecendo, sendo obrigatório o uso de barris de carvalho pelo menos no primeiro ano. O Gran Reserva, por sua vez, necessita de cinco anos de envelhecimento, com dois anos em carvalho. Então, se encontrares o termo Reserva ou Gran Reserva em um Tempranillo de Rioja (por exemplo) já sabes qual o caso. Diferentemente, na Itália, o termo Reserva, ou Riserva, é utilizado para vinhos com pelo menos cinco anos de envelhecimento, sendo três em barris de carvalho. Por outro lado, países como Argentina, Brasil e Chile, não possuem uma legislação específica que trate o assunto, portanto os termos são meramente comerciais e podem ser utilizados a partir de critérios definidos pelo próprio produtor. Por isso, cuidado! Um vinho pode ser vendido como Reserva no Brasil sem possuir nenhuma diferença das versões que não trazem tal nomenclatura (exceto o preço). Todavia, de maneira geral, os termos Reservado, Reserva e Gran Reserva compreendem (para uma mesma marca) uma escala crescente de qualidade, tanto na seleção das uvas, quanto no processo de envelhecimento e guarda do vinho. Então, comumente, é assim, há os rótulos "comuns", de entrada, estes são os Reservados, que não necessariamente passam por um período de envelhecimento ou guarda. Os Reservas passam por um curto período de envelhecimento o que agrega complexidade e valor aos rótulos. Por fim, os Gran Reserva são altamente selecionados desde a colheita até o envelhecimento, exigindo maiores cuidados que os demais. Muitos produtores usam este termo para os melhores vinhos que produzem. Contudo, repito, não há quaisquer leis que garantam que assim seja, somente na Europa. Justamente por essa confusão que os termos podem trazer, muitos produtores tem especificado as diferenças no verso dos rótulos, dizendo o porquê da adoção daquela nomenclatura. Ainda, a ABS-RS (Associação Brasileira de Sommeliers - Rio Grande do Sul) recomenda que os termos sejam adotados da seguinte forma: Reservado - para vinhos de entrada, sem tratamentos especiais/ Reserva - para vinhos com no mínimo 11% de teor alcoólico, chaptalização de até 1%, 12 meses de amadurecimento para os tintos e 6 meses para os brancos, sendo opcional o uso de madeira/ Gran Reserva - para vinhos com no mínimo 11% de teor alcoólico feitos a partir de uvas em plena maturidade, sem nenhuma chaptalização, 18 meses de amadurecimento para os tintos e 12 meses para os brancos e rosés. Em suma, ao comprar um vinho Reserva Especial, Reserva ou Gran Reserva, em geral, adquire-se um vinho de qualidade superior, produzido segundo avançados critérios e que apresenta sabores e aromas muito mais complexos. Se o rótulo em questão é proveniente do Antigo Mundo, existem regras muito específicas para tal, portanto, com certeza, estará levando um vinho altamente selecionado e com grande tempo de envelhecimento e guarda. E, aí! Será que esclareceu um pouco sobre a divergência entre o Reservado, Reserva e Gran Reserva? Se restou alguma dúvida conta aqui para a gente!

  • Gordon Ramsay lança sua própria linha de Vinhos

    Gordon Ramsay é provavelmente o mais famoso e mais bem pago chef do mundo, para teres noção o britânico é o criador de programas como Hell's Kitchen e MasterChef, possui mais de 35 restaurantes e 16 estrelas no Guia Michelin. Seu patrimônio contabilizou, em 2020, cerca de R$900 Milhões (isso em meio a pandemia). Com tanta fama e fortuna, Ramsay agora entra para o mundo dos vinhos, comercializando a própria bebida em seus restaurantes. Os vinhos estão sendo produzidos pela vinícola californiana Seabold Cellars, em Carmel Valley, sob o título de Gordon Ramsay Signature Wines. Ao todo são oito diferentes versões - um rosé, três brancos e quatro tintos, contudo os rótulos estão disponíveis apenas nos restaurantes de Ramsay nos Estados Unidos ou pelo site oficial do projeto. Então, não vá esperando encontrar estes vinho em lojas ou mercados, o próprio chef será o único comercializador das bebidas. Durante o lançamento do produto, Gordon Ramsay disse que: "O vinho é um casamento complexo de arte, ciência e tradição, todos capturados em um copo, e estou muito animado para me juntar a essa tradição". Claro, que, como bom chef de cozinha que é, logo que lançou seus vinhos, Ramsay disponibilizou três ideias de receitas para harmonizar com cada um dos rótulos que passou a produzir. Todas estão disponíveis no site oficial do chef. Abaixo segue a imagem divulgada de cada uma das garrafas que passam a ser parte dos menus de Gordon Ramsay. As opções e preços são os seguintes: Rosé (2019) - US$20 Chardonnay Reserva (2018) - US$45 Sauvignon Blanc (2019) - US$25 Cabernet Sauvignon (California 2018) - US$28 Chardonnay (2018) - US$30 Cabernet Sauvignon (Santa Cruz 2018) - US$45 Pinot Noir (2018) - US$35 Cabernet Sauvignon Reserva (2018) - US$60 E, então? O que acham? Será que a moda pega e os chefs passam a trabalhar lado a lado com os viticultores e enólogos para a produção de seus próprios vinhos? Bom, isso não sei, mas, novamente, Gordon Ramsay sai a frente, inovando no meio gastronômico!

  • Portugal e seus Vinhos

    Ah, Portugal! Terra de grande História, de magníficos poetas (como Camões e Pessoa), de uma gastronomia notável e, é claro, vinhos incríveis. O país é um dos mais tradicionais produtores da bebida no mundo, produzindo singularidades como o Vinho do Porto, Madeira e Verde, os vinhos portugueses encantam até os mais exigentes nomes da crítica especializada. Se queres saber um pouco mais sobre a produção vitivinícola de Portugal, este post é para ti! Ao todo Portugal possuí 14 regiões demarcadas, apesar do número baixo em quantidade a expressividade destas áreas é enorme - são mais de 250 uvas nativas cultivadas em cerca de 199 mil hectares, a quarta maior área da Europa. Destes, 174 mil hectares (88%) é destinado ao cultivo de uvas para produção de vinhos de Indicação Geográfica (IG) ou Denominação de Origem Controlada (DOC). As regiões vitivinícolas portuguesas são tais: Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Douro, Távora-Varosa, Dão, Bairrada, Beira Interior, Lisboa, Tejo, Península de Setúbal, Alentejo, Algarve, Madeira e Açores. Abaixo falamos um pouco mais sobre algumas das principais e mais famosas destas denominações, divididas em três perfis principais: Perfil Atlântico Regiões: Vinho Verde (Minho), Bairrada (Beira Atlântico) e Lisboa. Esta região apresenta temperaturas moderadas, ventos frescos, umidade e chuva durante quase todo o ano, gerando um terroir único em Portugal. Seus vinhos são pouco adocicados, por isso geram rótulos de menor percentual alcoólico que possuem um frescor natural (característico das próprias uvas) e considerável acidez. Via de regra são vinhos bastante fáceis de consumir, agradando os mais diversos paladares. Os rótulos tintos possuem corpo médio ou baixo, com sabores marcantes e muito aromáticos, rememorando os perfumes florais. Perfil Continental Regiões: Douro, Dão, Beira Interior e Alentejo Norte. Esta região produz vinhos mais encorpados e ácidos, apesar de, não raros, haver rótulos jovens e de corpo médio. Aqui encontramos taninos mais intensos e redondos, em vinhos com maior percentual alcoólico e alto potencial de guarda e envelhecimento. O perfil montanhoso ou continental apresenta um terroir excepcional e bastante elegante. Perfil Mediterrâneo Regiões: Tejo, Península de Setúbal, Alentejo Sul e Algarve. Na região conhecida como Mediterrâneo, ou Planície, encontramos rótulos famosos pelo alto índice de açúcar e álcool (até por isso muitos deles recebem no Brasil o título de Meio-Secos ou Demi-Sec). A acidez de seus vinhos é baixo ou médio, devido correções no processo de vinificação, os taninos são bem suaves, pouco marcantes e elegantes. Os rótulos apresentam aromas e palatos bastante frutados e fáceis de consumir. Interessante notar que muitas das vinícolas destas denominações seguem os parâmetros do Novo Mundo, tanto na característica dos vinhos quanto na produção, sendo modernas e mecanizadas. E, aí? O que achas dos vinhos de Portugal? Se ainda não conheces, vale a pena conferir. Afinal, como disse o grande poeta português Fernando Pessoa: "Boa é a vida, mas melhor é o vinho". Então, abra uma bela garrafa e Saúde!

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