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As Carnes na Poesia de Homero: a Ilíada e a Odisseia

  • Foto do escritor: Felipe Daniel Ruzene
    Felipe Daniel Ruzene
  • há 4 dias
  • 2 min de leitura

O banquete na poesia épica de Homero atua como um microcosmo da sociedade heroica, um espaço onde as hierarquias são afirmadas, as relações são negociadas e os valores fundamentais são reforçados (ou transgredidos). Os vinhos, os pães, e as carnes são os mais recorrentes alimentos na poesia épica, todavia, não escapa a este último o mérito de vigorar como o mais simbólico dos insumos homéricos.


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A poesia épica, profundamente relacionada com a cultura grega arcaica, destaca a importância dos banquetes não apenas como ocasiões de refeição, mas elementos fundamentais para a organização das relações sociais, políticas e religiosas. Os mito-poetas que a geraram – isso é, Homero e Hesíodo – representam a comensalidade não apenas como ato de nutrir e manter o corpo, mas um ritual que expressa valores sociais e simbólicos, como hospitalidade, hierarquia social, cosmovisões, éticas e conexões com o sagrado. Eis o caso da Ilíada e da Odisseia, epopeias homéricas provenientes da tradição oral e possivelmente compiladas durante o Período Arcaico (séc. VIII a V AEC).


A seguinte pesquisa busca investigar a respeito das práticas de pecuária animal para abate, dos consumos dietéticos carnívoros e das dimensões simbólicas das carnes na antiguidade grega, tendo por fonte referências historiográficas em contraste com as representações alimentares na poesia épica de Homero.


A partir da Ilíada e da Odisseia, narrativas centrais ao imaginário social helênico, destaca-se o papel singular das carnes nos banquetes homéricos como elementos centrais à compreensão da narrativa épica e de suas dimensões sociais e religiosas no Período Clássico e Arcaico. Notar-se-á que as pesquisas históricas e arqueológicas apresentam evidências de criação e consumo de animais em uma escala mais restrita em comparação àquela representada nas epopeias, embora permaneçam os elementos rituais simbólicos e os significados institucionais observados tanto na literatura de Homero quanto na bibliografia historiográfica.


O artigo completo e gratuito está disponível na Revista Temporalidades (UFMG) pelo link abaixo:



RUZENE, Felipe Daniel. Carnes no banquete homérico: historiografia e poesia sobre os ritos alimentares carnívoros da Antiguidade. Temporalidades, Belo Horizonte, v. 17, n. 1, p. 1–23, 2025.

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