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  • Decanter, quando e por que usar?

    O Decantador, ou simplesmente Decanter, é um recipiente de fundo largo e abertura estreita que serve para separar alguns sedimentos dos vinhos mais antigos ou auxiliar no processo de oxigenação da bebida. O decanter aumenta a área de contato entre o vinho e o oxigênio (ambiente externo), acelerando o processo de oxigenação. A oxigenação, por sua vez, auxilia a evidenciar os aromas e arredondar os taninos da bebida. Os vinhos que possuem alto potencial de guarda podem evoluir quando passados ao decanter, acelerando a maciez de seus perfumes e sabores. Ainda, auxilia na separação de pequenos resíduos que podem se formar com o passar dos anos. Os vinhos brancos, tintos mais suaves ou com menor potencial de guarda, pensados para um consumo com menor espera, podem não ser tão beneficiados com a utilização do decanter. Muitos sommeliers dizem que o decanter serve para acelerar o processo de degustação do vinho e, por isso, deve ser evitado, usando-o apenas quando realmente necessário. O ideal, segundo estes especialistas, é ter tempo para que o vinho passe pelos processos primordiais de maneira natural, sem auxílio de ferramentas. Afinal, a oxigenação da bebida ocorre dentro de tua taça também. Existem, também, os aeradores que aceleram ainda mais este processo. Um exemplo de vinho que seria coerente utilizar o decanter é o Le Petit Mouton – França (2010), um blend de Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon e Merlot. Esta bebida possui cerca de 10 anos, ainda em sua meia-idade, uma vez que seu potencial de guarda é de 22 anos. O uso do decanter para este vinho pode trazer à tona perfumes e sabores ainda escondidos por sua jovialidade. Caso tenhas mais dúvidas sobre esta ou outras ferramentas para vinho envie para a gente!

  • Vinhos para harmonizar com Chocolate!

    Chocolate! Como diria o síndico Tim Maia, "Não, eu quero é chocolate!". Se tu és um chocólatra assumido, mas não abre mão de um bom vinho, este post é para ti! Confira nossas dicas para harmonizar vinhos, tintos e brancos, com chocolates e suas delícias! 1. Chocolates Ao Leite Estes chocolates, com menor concentração de cacau, costumam ser mais adocicados e gordurosos que outras versões, por isso podem ser harmonizados com vinhos igualmente doces. De maneira geral, bebidas aromáticas e mais doces (como os vinhos de sobremesa) são opções assertivas. Um bom exemplo de harmonização é o licoroso Porto Burmester Tawny - Portugal. Este rótulo possui acidez equilibrada com doçura, notas frutadas e amadeiradas, é um vinho do Porto que passa por três anos em barrica. Com seus incríveis 20% de teor alcoólico, acompanha bem os chocolates ao leite. 2. Chocolates Amargos (acima de 50%) Estes são os mais potentes chocolates do mercado, então, os amargos e meio-amargos (ou sobremesas à base deles) harmonizam bem com os vinhos tintos mais tânicos. Neste caso podes optar pelos varietais de Cabernet Sauvignon, Syrah ou Tannat, principalmente aqueles com estágio em barrica, o amadeirado e a força destes vinhos combina com o amargor dos chocolates. Ainda, os espumantes do tipo Brut, das cepas Chardonnay ou Pinot Noir podem resultar em ótimas harmonizações. Um bom rótulo, como exemplo, é o Tormentoso Syrah - África do Sul (2016). De corpo mediano, taninos elegantes e presença de barrica em carvalho, este Syrah é uma boa companhia para os chocolates mais amargos. Tu podes escolher a cepa tinta que mais lhe agradar e fazer tua própria combinação, basta dosar vinhos mais complexos e tânicos de acordo com o amargor do chocolate. Vinhos mais doces para chocolates mais doces e vinhos mais potentes para chocolates mais amargos! 3. Chocolates Brancos Os chocolates brancos, a base de manteiga de cacau, costumam ser os mais adocicados e gordurosos, por esse motivo muitos dizem que nem se trata de um chocolate. Mas isto não vem ao caso, se tu és um amante dos chocolates brancos minha dica é: aposte nos espumantes. Os vinhos espumantes possuem frescor e leveza harmoniosos com o chocolate branco, a variedade Moscato pode gerar interessantes combinações. Assim, como exemplo nós temos o Moscatel Casa Perini - Brasil (2017), um vinho leve de sabor macio e delicado com aroma florais. Foi eleito o 5° Melhor Vinho do Mundo em 2017 pela WAWWJ. Vale lembrar que estas harmonizações são pensadas para o sabor dos respectivos chocolates, logo chocolates com avelãs, nozes, castanhas, confeitos, frutas, caramelo, entre outras coisas, precisam de combinações coerentes ao sabor da guloseima. No mais, escolha seu chocolate favorito, encha uma taça e (nas palavras de Julia Child)... bon appetit!

  • Blanc de Blancs ou Blanc de Noir?

    Já se deparou com um destes termos no rótulo de um vinho? Pois é, por vezes o mundo dos vinhos possui nomes complexos e diferentes. Este não é o caso, as nomenclaturas Blanc de blancs ou Blanc de noir são bem simples e dizem diretamente o que significam. Quer ver só? Blanc de Blancs Este termo francês significa, em tradução literal, “branco de branco”. Isto define exatamente o que o vinho é, um vinho branco feito de uvas brancas. Tal nomenclatura é usada, comumente, para vinhos espumantes (apesar de algumas vinícolas como a chinesa Château Changyu Moser XV usarem o termo para vinhos secos, não espumantes). Esta categoria possui corpo mais leve, alto frescor e maior acidez quando comparadas ao blanc de noir, por isso harmonizam bem com peixes, frutos do mar e saladas. Como exemplo de Blanc de blancs nós temos: - Espumante Veuve D'Argent Brut - França (2018) Produto de um blend entre as uvas brancas Ugni Blanc, Colombard e Chardonnay, este espumante traz aromas frutados e amendoados, sabor fresco, suave e com boa acidez. O blanc de blancs da vinícola Veuve D'Argent possui 11,5% de teor alcoólico e combina facilmente com peixes, aves ou sushi. Encontra-se a partir de R$44,59 na Wine. Blanc de Noir Por outro lado, este termo se traduz como “branco de preto”. Ou seja, um vinho branco que é produzido a partir de uvas tintas, comumente Pinot Noir ou Pinot Munier. Vale ressaltar que as uvas tintas possuem tal coloração na casca, assim, apenas com a polpa da fruta, é possível produzir vinhos blanc de noir. Esta categoria possui corpo mais robusto e maior potência de sabor, por isso harmonizam com aves, carnes, peixes ou massas. Como exemplo de Blanc de noir nós temos: - Espumante Perle Noire Brut - França (2018) Este espumante da região de Bourgogne é um blanc de noir a partir das uvas tintas Merlot, Gamay e Pinot Noir. Da vinícola Louis Bouillot, é um vinho elegante, fresco e com notas cítricas, possui perfume frutado e 13,5% de teor alcoólico. Harmoniza bem com carnes e massas leves ou aves. Encontra-se a partir de R$76,35 na Wine. E então? Ficou clara a diferença entre Blanc de blancs e Blanc de Noir? Qualquer dúvida ou comentário escrevas aqui para a gente!

  • 5 Vinhos chineses para celebrar o Ano-Novo Chinês

    No último sábado, 25 de janeiro, comemorou-se o Ano-Novo Chinês. Neste calendário, seguido por diversas nações orientais, os anos são orientados de forma lunissolar, ou seja, baseados tanto no movimento do sol, quanto da lua. É um dos mais antigos registros cronológicos de que se tem registro. Ainda, os anos na China são orientados pelos 12 signos do horóscopo chinês, sendo um animal por ano, sempre de maneira cíclica. Em 2020 estamos no Ano do Rato! Em tão significativa data, nada melhor do que um bom vinho. Afinal, como diria Fernando Pessoa, tudo é desculpa para beber vinho! (“Mas de um e de outro vinho, nada resta.") Para celebrar o Ano-Novo chinês, por que não vinhos chineses? Sim! Não só de chás e saquês vive o continente asiático… Segundo o portal GQ a China é atualmente o quarto maior consumidor de vinhos no mundo e o sétimo maior produtor. O país fabrica “apenas” 1,4 bilhões de garrafas por ano. Assim como sua cultura, a produção de vinhos na China é milenar e remete à época dos Imperadores, na qual a fermentação de uvas finas era destinada ao palácio. Então, aí vão cinco dicas de vinhos chineses (todos comercializados no Brasil) para que tu possas celebrar o Ano do Rato: 1. Chateau Moser XV – China (2017) Segundo a grandiosíssima Master of Wine (MW) Jancis Robinson, este vinho é essencial para todos “descobrirem os vinhos da China”. Um varietal de Cabernet Sauvignon surpreendente e com ótimo custo-benefício. Produzido pela vinícola Changyu Pioneer Wine Company na região de Ningxia, esta bebida com perfume de frutas frescas e chocolate possui sabor encorpado, boa acidez e 15% de teor alcoólico. Um ótimo vinho para acompanhar carnes vermelhas, ou, na onda da culinária chinesa, um chop suey ou um belo pato à moda de Pequim. Podes encontrá-lo a cerca de R$49,90 na Wine. 2. Changyu Noble Dragon Blanc - China (2017) Este demi-sec branco, produzido com 100% de uvas Riesling é um vinho ímpar da região de Yantai. Fortemente influenciado pelo clima desta localização, a bebida é perfumada com olfato de frutas cítricas e flores e um sabor leve com agradável acidez. Com 12% de teor alcoólico, este vinho harmoniza bem com frango xadrez, dan dan noodles ou frutos do mar. Podes encontrá-lo por volta de R$50,47 na Wine. 3. Zenithwirl - China (2018) Um vinho jovem e encorpado, campeão de premiações na China, fruto de um varietal de Cabernet Gernisht. Esta uva, apesar do nome, não se trata de uma cepa nova, mas do nome popular da francesa Carménère em solo chinês. É um vinho versátil com aroma de frutas vermelhas e sabor frutado com notas de especiarias. Com 12,5% de teor alcoólico é uma ótima bebida para harmonizar com massas apimentadas como lámens, carnes vermelhas ou porco. Encontra-se na faixa de R$36,35 na Wine. 4. Chateau Moser XV Blanc de Noir - China (2018) Este é o primeiro Cabernet Sauvignon vinificado em branco da China. Assim é o que chamamos Blanc de Noir, ou seja, um vinho branco feito a partir de uvas tintas. Possui aroma de frutas cítricas, sabor leve, com acidez e frescor. Com 13,5% de teor alcoólico é um vinho bom para acompanhar arroz chop suey, baos ou guiozas de legumes ou porco. Frutos do mar e saladas também são boas pedidas. Podes encontrá-lo por cerca de R$56,90 Wine. 5. Changyu Reserve Noble Dragon Red - China (2016) Este é o único blend desta lista, composto por Cabernet Gernisht, Cabernet Sauvignon e outras uvas. Possui aroma de frutas vermelhas e especiarias, com sabor encorpado, frutado e taninos presentes, além de 12,5% de teor alcoólico. Também da região de Yantai, a bebida harmoniza muito bem com molhos apimentados, carne de porco ou vermelhas, ou mesmo tofu. Podes encontrá-lo por volta de R$45,76 na Wine. E aí, gostaste de nossa lista? Conheces outros bons vinhos asiáticos? Escreva aqui para a gente... Então, Saquem vossas Rolhas, encham vossas taças e um Feliz Ano-Novo Chinês!

  • 10 Vinhos que nos ganham desde o rótulo

    Impossível não se apaixonar por uma bela embalagem, não achas? Sem dúvidas somos fortemente influenciados pelo aspecto estético das garrafas, então aí vão 10 rótulos imperdíveis: 1. Rocinha - Portugal (2018) O vinho tinto demi-sec da vinícola portuguesa Parras Wine, produzido com uvas nativas, chama atenção por sua cor rubi e pelo sabor agradável nos taninos e acidez. Além, é claro, de seu belíssimo rótulo, inspirado na favela carioca da Rocinha. Este vinho é uma ótima opção para harmonizar com pizzas e massas. 2. Casillero del Diablo Reserva - Chile (2017) O Casillero é um grande clássico dos vinhos chilenos, da consagrada vinícola Concha y Toro. Esse varietal de Cabernet Sauvignon possuí corpo médio, taninos elegantes e sabor frutado. Sua embalagem (Limited Edition) nos apaixona pela composição entre o tradicional "diabinho" da marca com elementos latinos que rememoram a estética mexicana. Esse vinho acompanha perfeitamente carnes vermelhas e queijos envelhecidos. 3. Apothic Rosé - Estados Unidos (2017) Este rosé norte americano, da vinícola californiana Apothic, possui leveza e doçura agradabilíssimas. Sua embalagem chama nossa atenção pela estética digna dos grandes contos de fadas dos irmãos Grimm. Produto de um assemblage com mais de seis espécies, este vinho é uma ótima opção para harmonizar com frutos do mar. 4. Viñedo de los Vientos Estival - Uruguai (2018) Este vinho branco de aroma frutado e sabor cítrico com notas florais é um ótimo exemplar da vinícola uruguaia Viñedo de los Vientos. Tal bebida é fruto de um blend entre Chardonnay, Moscato Bianco e Gewürztraminer. Seu rótulo apresenta um fragmento do renomado quadro renascentista O Nascimento de Vênus (1485-1486), de Sandro Botticelli. Uma bela bebida para acompanhar queijos frescos, saladas ou peixes. 5. Root: 1 - Chile (2018) O Pinot Noir chileno Root:1 da vinícola Viña Ventisquero possuí aroma frutado, corpo leve e sabor elegante com taninos macios. O seu visual rubi claro se destaca na taça, porém é o seu rótulo (ou a falta dele) que mais surpreende. Sim! A empresa não imprime rótulos de papel, como normalmente se faz. Ao invés disso, as informações são talhadas diretamente na garrafa de vidro, criando um diferencial estético para a marca. Este vinho resulta numa boa harmonização com purês, massas leves e risotos. 6. Carpineto Dogajolo Toscano - Itália (2017) Este vinho italiano possui perfume frutado com sabor agradável, taninos elegantes e acidez adequada. Fruto do blend entre Sangiovese e Cabernet Sauvignon, este rótulo chama atenção pela beleza de sua garrafa e pelos detalhes minuciosamente posicionados. A bebida pode ser facilmente combinada com massas e milanesas. 7.Que Guapo Blend - Argentina (2017) Um vinho encorpado, jovem, frutado e saboroso. Este é um blend de Malbec, Syrah e Bonarda, produzido na região de Mendoza pela vinícola Viña Las Perdices. Seu rótulo atraente foi inspirado na colorida e popular arquitetura do bairro portenho de La Boca. Como todo bom Malbec, este vinho é perfeito para carnes assadas e churrasco, além de massas gratinadas ou pizzas. 8. Infame Reserva - Chile (2017) Este vinho da chilena Viña Antagonista se intitula Infame, o vinho é encorpado, com boa acidez e presença de taninos. O rótulo deste Cabernet Sauvignon traz um corvo, há ainda um Crocodilo, no Carménère, um Lobo, no Red Blend, ou um Tubarão, no Sauvignon Blanc. Todos animais infames, considerados maus e com reputações ruins, mas fortes, belos e inteligentes, como devem ser os bons vinhos! Este Cabernet, em particular, harmoniza bem com hambúrgueres, massas e risotos. 9. Roureda Levante - Espanha (2017) Tinto espanhol da região de Tarragona, produzido pela vinícola Cellers Unió. Esse vinho possui aroma de frutas frescas, corpo mediano e uma agradável acidez. Seu rótulo é simples e fofo, remetendo aos aromas de frutas que se unem numa grande noz segurada por um pequeno esquilo. Esta é uma ótima bebida para acompanhar massas e pizzas vegetarianas. 10. Casa Perini Aquarela - Brasil (2018) Por fim, um vinho espumante brasileiro. O Aquarela da vinícola Casa Perini possui sabor floral, cítrico e com excelente balanceamento entre acidez e dulçor. Seu rótulo é rústico e tradicional, muito simples, porém se torna belíssimo ao valorizar o tom rosa claro fenomenal deste vinho. É uma companhia perfeita para uma boa sobremesa. E então? Gostaste dos rótulos? Faltou algum? Escreva para a gente...

  • O que são Taninos?

    Tu já deves ter ouvido falar que certo vinho é “muito tânico” ou que outro é “pouco tânico”. Mas, afinal, o que são taninos? Taninos são polifenóis de origem vegetal… Não ajudou muito? Pois agora saberás de vez o que é o santo tanino! O tanino é uma substância natural presente em diversas frutas, nas uvas ele se encontra na casca, na semente e no engaço (cabo) da videira. Tal substância tem uma função defensora para os frutos, o alto sabor adstringente, presente nas uvas graças ao tanino, auxilia na inibição de herbívoros que poderiam se alimentar das frutas. De modo geral, quando o predador começa a se alimentar de certa planta, os taninos são liberados levando consigo um sabor amargo, evitando seu consumo. Com isso poderíamos pensar que os taninos dariam um sabor desagradável e indesejável aos vinhos. Entretanto, juntamente com os açúcares, o tanino passa por um processo de amadurecimento, perdendo sua agressividade e ganhando maciez e suavidade. Ademais, o trabalho dos enólogos auxilia o processo de agradabilidade ao paladar, deixando o tanino elegante e o vinho aprazível. Os taninos, outrora desagradáveis, tornam-se desejáveis e saborosos, quando bem trabalhados. Outro fator que colabora na agradabilidade é o tempo. Sim, a idade aveluda os taninos do vinho e o processo de barrica leva à micro-oxigenação, que também ajuda a suavizar os sabores. E quanto ao vinho branco? As uvas brancas também possuem taninos, contudo em menor quantidade que as uvas tintas. Afinal, o tanino está igualmente ligado à cor dos vinhos, bebidas mais escuras podem estar relacionadas a maior concentração de taninos. Desse modo, podemos dizer que os vinhos brancos são bebidas pouco tânicas. Se tu desejas saborear taninos complexos e aveludados e conhecer um pouco mais sobre esta substância tão importante para os vinhos, aí vai uma dica: a uva Tannat leva esse nome justamente por sua alta concentração de taninos e pode gerar vinhos complexos e saborosíssimos. Na minha humilde opinião é uma das mais maravilhosas cepas que existem, sendo uma das especialidades do Uruguai. Como exemplo nós temos o Viñedo de los Vientos Anarkia Tannat, Uruguai, safra 2018, 14% de teor alcoólico, uma ótima opção para harmonizar com carnes vermelhas, queijos ou cogumelos, todos bastante gordurosos e bem temperados para balancear com o forte sabor do vinho. Podes encontrar este rótulo por volta de R$88,12 na Wine.

  • Varietal e Assemblage?

    Vinho de corte, assemblage, varietal, blend… Estes termos ainda lhe confundem? Não mais! Hoje o Saca-Rolhas te explica. VARIETAL O vinho Varietal é aquele desenvolvido a partir de uma única, ou predominante, casta de uva. De maneira geral, seus rótulos levam o nome da uva por ser a mais presente na composição, sendo assim a responsável pelas características visuais, olfativas e gustativas, do vinho. De acordo com a Legislação brasileira (lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988) fica determinado que: “Art. 41. Para produtos envasados, somente poderá ter a denominação de determinada uva o vinho que contiver, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) dessa variedade, sendo o restante de variedades da mesma espécie”. Ou seja, o vinho é varietal no Brasil apenas se possuir 75% ou mais de uma mesma casta de uva e se o remanescente for de outra uva da mesma espécie, normalmente Vitis Vinífera. As legislações variam de acordo com o país, mas comumente o vinho varietal necessita de 75% a 90% de uma mesma uva. Um vinho com predominância de uma única cepa permite a valorização das estruturas e características essenciais da uva, ademais pode facilitar o processo de harmonização com a comida. Uma curiosidade é que o varietal é uma prática estadunidense, surgiu como forma de criar um diferencial para os vinhos norte americanos que queriam adentrar ao mercado internacional. Assim, iniciou-se o costume de imprimir no rótulo o nome da uva responsável pela bebida de modo a garantir novos clientes interessados nos aromas e sabores destas cepas. Como exemplo de vinho varietal nós temos o chileno Casillero del Diablo Reserva Cabernet Sauvignon, safra 2017, 13,5% de teor alcoólico e produzido 100% com uvas Cabernet Sauvignon. Podes encontrá-lo por volta de R$69,90 na Wine. ASSEMBLAGE O assemblage, assemblagem, blend, ou vinho de corte é aquele desenvolvido a partir da mistura de duas ou mais uvas. O processo de combinar diferentes castas de uvas visa alcançar uma bebida mais complexa e elaborada, além disso dá aos enólogos a possibilidade de desenvolverem sabores criativos e diversificados. Ao misturar características de diferentes uvas é possível valorizar o melhor de cada uma delas, eliminando aromas e sabores indesejáveis. Logo, apostar num vinho de corte pode render gostos e perfumes mais complexos e, por vezes, podem ser vinhos de mais fácil aceitação. Um dos exemplos mais clássicos de blend é o Bordeaux, que geralmente são desenvolvidos a partir de três uvas francesas: Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc. Assim, como exemplo de vinho assemblage nós temos o francês Enclos du Wine Hunter A.O.C Bordeaux Rouge, safra 2018, 13,5% de teor alcoólico e produzido com 50% Cabernet Sauvignon, 40% Merlot e 10% Cabernet Franc. Podes encontrá-lo por volta de R$78,70 na Wine. E aí? O que tu preferes, assemblage ou varietal?! Conte para a gente...

  • Uvas finas e Uvas de mesa

    Duas das nomenclaturas mais fundamentais para aqueles que se aventuram no mundo dos vinhos são: Vinho Fino e Vinho de Mesa. Logo, faz-se essencial observarmos as diferenças entre eles. De maneira geral a tipologia do vinho esta atrelada à uva produtora. As videiras fazem parte de um gênero chamado Vitis, que, por sua vez, se divide em mais de quarenta espécies, dentre elas a Vitis Vinífera, a Vitis Lambrusca, Vitis rupestris, Vitis riparia, Vitis bourquina, entre outras. Podemos dizer que qualquer uva gera vinho, contudo as uvas da espécie Vitis Vinífera são consideradas ideais e se destinam apenas à fermentação. Variedades como Cabernet, Malbec, Merlot, Tannat, Chardonnay, etc, são castas Viníferas e as particularidades estruturais destas uvas fazem delas as responsáveis pelos chamados vinhos finos. Por outro lado, as demais espécies de uvas são comumente destinadas ao consumo in natura ou à elaboração de outros produtos (tais como sucos integrais, geleias, uvas passas, etc). Estas castas geram o vinho de mesa, assim chamados por serem considerados dispares e inferiores estruturalmente em relação às uvas viníferas, isto segundo a crítica especializada. Feitas estas considerações, caso encontre no rótulo do vinho os dizeres “Vinho fino” ou mesmo “Vinho fino de mesa” isso indica que tal bebida foi realizada por meio da fermentação de uvas Vitis Vinífera. Contudo, se o rótulo apresenta a nomenclatura “Vinho de mesa” este contém outra espécie de uva. Assim sendo, as terminologias vinho fino ou de mesa existem para apresentar ao cliente a qualidade das uvas utilizadas durante a produção do rótulo em questão. Porém, vale ressaltar que o bom vinho é definido pelo nosso paladar. Independentemente da casta ou espécie da uva, o que realmente importa no final é que a bebida lhe agrade! CURIOSIDADE Segundo a Revista Adega do site UOL, no ano de 2018 o consumo per capta de vinho no Brasil atingiu 1,93 litros por habitante acima de 18 anos de idade, dos quais apenas 0,71 litros representa o consumo de vinhos finos. Assim, o mercado brasileiro consome consideravelmente mais vinhos de mesa.

  • Saquem vossas rolhas...

    Olá! Seja bem-vindo ao Saca-Rolhas. Este blog nasceu de minha dionisíaca paixão e do anseio de compreender mais deste mundo repleto de cores, perfumes, sabores e altíssima tecnologia. A enofilia inicial de um entusiasta se converteu em uma busca profissional, logo o Saca-Rolhas surgiu para compartilhar experiências, descobrir rótulos e sabores, testar harmonizações, até alcançarmos um pouco do conhecimento de grandes Sommeliers. Ademais, o vinho é fascinante e possui grandiosa importância histórica. Seu surgimento remete a tempos longínquos e a bebida acompanhou diversas sociedades durante sua história social, política, econômica e cultural. O misticismo ao redor do fruto da videira é tamanho que diversas civilizações possuem narrativas da origem do vinho. Na mitologia bíblica é Noé quem cultiva o primeiro vinhedo, dado a ele como presente divino conforme relatado no Capítulo 9 do livro de Gênesis. Para os egípcios o deus Osíris, atrelado à agricultura e ao pós-vida, foi o primeiro a cultivar as uvas e pisar sobre os frutos para gerar vinho, a bebida detinha poder econômico, político e religioso no Egito. O mundo helênico, tão ligado ao vinho em sua dieta básica, apresentava uma divindade própria para o vinho: Dionísio, filho de Zeus com a mortal Sêmele. Era o deus responsável pelo vinho, pelas belas artes e pelo teatro, semelhante a sua versão romana – o deus Baco. Apesar de toda a mitologia que envolve o nascimento da bebida, enólogos e historiadores nos alertam para a impossibilidade de definir com precisão a respeito do surgimento do vinho. Afinal, o processo pode ter ocorrido contingentemente, com algumas poucas uvas que sofreram fermentação sem a interferência humana. Após a antiguidade, os processos de fabricação e guarda do vinho foram se alterando, durante a Idade Média os mosteiros europeus começaram a se especializar no cultivo de determinadas uvas e na fabricação do vinho para consumo na liturgia das igrejas. Neste período teve início a exportação da bebida por vias marítimas, já na Modernidade as grandes navegações deram origem aos vinhos do Novo Mundo e a novas tecnologias. Desse modo, em homenagem às divindades que nos ofertaram o vinho e às inúmeras pessoas que contribuíram, e ainda contribuem, para a ampliação dessa indústria, daremos início às atividades do Blog Saca-Rolhas! Assim, pedimos singelamente que os deuses do vinho abençoem nossa jornada. Saquem vossas rolhas e saúde…

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