Vinho de corte, assemblage, varietal, blend… Estes termos ainda lhe confundem? Não mais! Hoje o Saca-Rolhas te explica.
VARIETAL
O vinho Varietal é aquele desenvolvido a partir de uma única, ou predominante, casta de uva. De maneira geral, seus rótulos levam o nome da uva por ser a mais presente na composição, sendo assim a responsável pelas características visuais, olfativas e gustativas, do vinho.
De acordo com a Legislação brasileira (lei nº 7.678, de 8 de novembro de 1988) fica determinado que: “Art. 41. Para produtos envasados, somente poderá ter a denominação de determinada uva o vinho que contiver, no mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) dessa variedade, sendo o restante de variedades da mesma espécie”. Ou seja, o vinho é varietal no Brasil apenas se possuir 75% ou mais de uma mesma casta de uva e se o remanescente for de outra uva da mesma espécie, normalmente Vitis Vinífera. As legislações variam de acordo com o país, mas comumente o vinho varietal necessita de 75% a 90% de uma mesma uva.
Um vinho com predominância de uma única cepa permite a valorização das estruturas e características essenciais da uva, ademais pode facilitar o processo de harmonização com a comida. Uma curiosidade é que o varietal é uma prática estadunidense, surgiu como forma de criar um diferencial para os vinhos norte americanos que queriam adentrar ao mercado internacional. Assim, iniciou-se o costume de imprimir no rótulo o nome da uva responsável pela bebida de modo a garantir novos clientes interessados nos aromas e sabores destas cepas.
Como exemplo de vinho varietal nós temos o chileno Casillero del Diablo Reserva Cabernet Sauvignon, safra 2017, 13,5% de teor alcoólico e produzido 100% com uvas Cabernet Sauvignon. Podes encontrá-lo por volta de R$69,90 na Wine.
ASSEMBLAGE
O assemblage, assemblagem, blend, ou vinho de corte é aquele desenvolvido a partir da mistura de duas ou mais uvas. O processo de combinar diferentes castas de uvas visa alcançar uma bebida mais complexa e elaborada, além disso dá aos enólogos a possibilidade de desenvolverem sabores criativos e diversificados.
Ao misturar características de diferentes uvas é possível valorizar o melhor de cada uma delas, eliminando aromas e sabores indesejáveis. Logo, apostar num vinho de corte pode render gostos e perfumes mais complexos e, por vezes, podem ser vinhos de mais fácil aceitação. Um dos exemplos mais clássicos de blend é o Bordeaux, que geralmente são desenvolvidos a partir de três uvas francesas: Merlot, Cabernet Sauvignon e Cabernet Franc.
Assim, como exemplo de vinho assemblage nós temos o francês Enclos du Wine Hunter A.O.C Bordeaux Rouge, safra 2018, 13,5% de teor alcoólico e produzido com 50% Cabernet Sauvignon, 40% Merlot e 10% Cabernet Franc. Podes encontrá-lo por volta de R$78,70 na Wine.
E aí? O que tu preferes, assemblage ou varietal?! Conte para a gente...
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