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  • Queijos e Vinhos: como harmonizar?

    Conforme o inverno vai se aproximando e as temperaturas começam a baixar, nós buscamos refeições que espantem o frio e acalentem a alma. Sem dúvidas, os queijos e vinhos são uma dupla dinâmica certeira para os dias mais álgidos, saber harmonizá-los fará destes momentos ainda mais saborosos. Antes de começarmos, contudo, vale lembrar que para cada tipo de queijo são possíveis diversas harmonizações com vinhos tintos, brancos, espumantes ou de sobremesa. Assim, aqui seguem algumas dicas de combinações, experimente-as e faça valer aquilo que lhe agradar mais, o importante é que você goste! - Queijos Moles Os queijos moles, ou semi-moles, tais como o italiano Muçarela de búfala e os franceses Brie e Camembert, possuem alto percentual de gordura e umidade, passam por um processo rápido de maturação, são adocicados e aromáticos. Estes queijos são beneficiados quando consumidos com vinhos leves, frutados, com boa acidez e frescor. Cepas como Chardonnay, Sauvignon Blanc e Riesling são opções interessantes. Particularmente, gosto da harmonização destes queijos com vinhos portugueses Verdes (D.O.C) e espumantes, tais como Brut e Moscatel. Um bom exemplo é o português Casal Garcia D.O.C. Vinho Verde Branco, pode encontrar por cerca de R$69 no Pão de Açúcar. - Queijos Semi-duros Entre os queijos semi-duros e duros podemos apontar o italiano Provolone, o suíço Gruyère e Emmental e o holandês Gouda. São, comumente, queijos com menor umidade e alto teor de gordura, devido o maior tempo de maturação podem ir de sabores suaves até mais fortes e possuem texturas variadas, alguns mais flexíveis, outros mais resistentes. Por tais características são queijos que necessitam de vinhos mais encorpados e com menor acidez. As castas tintas como Malbec, Cabernet Sauvignon, Merlot, Sangiovese e Pinot Noir são boas opções, grosso modo o vinho deve acompanhar a potência do queijo. Uma boa opção para acompanhar estes queijos é o argentino Crios Pinot Noir, pode encontrar por R$61 no Empório Augusta. - Queijos Maturados Os queijos maturados e meio maturados, entre eles os italianos Parmesão e Pecorino e o holandês Maasdam, são opções para os vinhos de corpo médio, levemente frutados, com taninos macios e acidez agradável. Cepas como as tintas Malbec, Merlot e Pinot Noir, ou as brancas Pinot Grigio e Sauvignon Blanc, combinam muito bem com estes queijos. Uma harmonização pouco ortodoxa, porém muito agradável, é a do queijo parmesão com o espumante Brut, vale a pena experimentar. Bom exemplo para estes queijos é o italiano Chianti Castellani Riserva (D.O.C.G), a partir de R$48 na Divvino. - Queijos Azuis Estes tipos de queijos, como o francês Roquefort, o inglês Stilton e o italiano Gorgonzola, possuem uma cultura de bactérias que formam o característico veio azul-esverdeado, tem perfumes fortes e sabor mais potente e salgado. Combinam com vinhos igualmente mais potentes, fortificados ou colheita tardia, castas como Shiraz, Merlot e até mesmo vinho do Porto, também a cepa branca Sauternes, podem gerar boas harmonizações. Como exemplo há o português fortificado Cockburns Fine Tawny Port, por R$79 na Evino. Agora é só aguardar os dias frios, escolher os queijos e rótulos que mais lhe agradam e aproveitar!

  • Vinho em Lata, conheça-os

    Somente a ideia de beber vinho em uma lata pode ser uma verdadeira blasfêmia para alguns. Contudo diversas marcas tem apostado nessa inovação na forma de apreciar os vinhos. Separamos alguns poucos rótulos disponíveis no mercado brasileiro para que conheçam mais! Dark Horse A vinícola estadunidense Dark Horse é uma das "queridinhas" na produção de vinhos em lata. Possui vinhos leves e agradáveis, as opções em latinhas são produzidas em Modesto, na Califórnia, e são as mesmas bebidas da versão engarrafada, ambas são assinadas pela enóloga Beth Liston. Temos disponíveis, aqui no Brasil, seis versões do vinho em lata: o tinto Pinot Noir, o Rosé, Rosé espumante, Brut espumante e os brancos Pinot Grigio e Sauvignon Blanc. São bebidas fáceis de beber e muito versáteis, podem ser harmonizadas com refeição ou consumidas sozinhas durante um boa conversa, ou na companhia de um livro. As latas com 375ml podem ser encontradas a partir de R$22,90 na Wine. Vivant Wines A Vivant é a primeira empresa deste seguimento no Brasil, com sede no Rio de Janeiro. Segundo Leonardo Atherino, um dos fundadores, o foco é por fim ao esnobismo que existe entre muitos apreciadores da bebida, dando vez à praticidade e popularização dos vinhos. Nesta essência, de "descomplicar" o vinho, a empresa produz três opções de latas: o Vivant Branco (Chardonnay), o Vivant Rosé (Syrah e Pinot Noir) e o Vivant Tinto (Cabernet Sauvignon e Merlot). Por enquanto as bebidas, em latas com 269ml, só são comercializadas em alguns estabelecimentos de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, todavia podem ser encontradas a partir de R$13,11 na Amazon. Barokens Wine Por último, mas não menos importante, temos a marca Barokens de vinhos produzidos na região de Melbourne, na Austrália. São leves, frescos, pensados para momentos descontraídos, para serem degustados em qualquer ocasião, seja na beira de uma piscina, ou harmonizando com seu prato predileto¹. Todos os rótulos da marca são assinados pelo Master of Wine Peter Scudamore-Smith, são seis opções em latas de 250ml com 13% de teor alcoólico: Tinto (Cabernet, Merlot e Syrah), Tinto frisante (Cabernet, Merlot e Syrah), Branco (Chardonnay e Semilion), Branco frisante (Chardonnay e Semilion), Rosé frisante (Cabernet e Merlot) e Espumante (Moscatel). Podes encontrar tais bebidas a partir de R$19,50 na Americanas.com. Como já dissemos outras vezes aqui, para apreciar ótimos vinhos é preciso ir além dos preconceitos e pré-conceitos. Assim, quer na taça ou na lata, o importante é aproveitar. Seja como for, divirtam-se e Saúde!

  • Drinks de vinho para arrasar no Carnaval

    Um belo vinho pode ser degustado em diversos momentos, isso todos sabemos, contudo não precisa ser consumido puro... O Carnaval está chegando e, com ele, a vontade de experimentar novos drinks desperta! Veja aqui algumas dicas e receitas para integrar o vinho ao seu bloquinho neste ano. Se você é um fã de vinhos, mas não dispensa uns bons drinks durante esta época de festança e calor, o que não faltam são opções para se surpreender! Separamos umas receitinhas essenciais para quem quer agregar vinhos aos drinks, seja para sambar no bloquinho ou mesmo para aqueles que preferem ficar em casa curtindo com os amigos e família. Sangria A Sangria, conhecida como Zurra por alguns, é uma bebida clássica produzida a partir de vinho tinto, rosé ou branco, suco de fruta, pedaços de frutas, açúcar e especiarias. É um coquetel maravilhoso para os dias mais quentes, pois é sempre servido bem gelado. Aqui no Brasil algumas pessoas adicionam Gin ou Cachaça para acentuar os sabores da bebida, há também alguns que utilizam o vinho espumante como base. A maioria das fontes remetem à Espanha do século XIX para apresentar as primeiras receitas deste drink. Ingredientes ½ garrafa de vinho tinto, rosé ou branco (vinho seco de preferência, mas, se optar por usar o suave, maneire no açúcar) 1 lata de água tônica (350ml) ½ xícara de suco de laranja 1 laranja em rodelas 1 maçã em cubos 1 cacho de uva ½ abacaxi em cubos 4 colheres de açúcar especiarias a gosto (Canela, Cravo, Noz moscada, Anis, Pimenta Rosa...) gelo a gosto. Modo de preparo 1. Misture o suco de laranja com o açúcar, as especiarias e acrescente as frutas, leve a geladeira por, ao menos, 30 minutos. 2. Quando for servir, acrescente o vinho, a água tônica e o gelo. Se quiser pode acrescentar um pouquinho de Gim ou Cachaça neste momento (¼ de xícara é suficiente para esta receita). Bellini, Rossini ou Mimosa Estes coquetéis são super conhecidos por serem refrescantes e elegantes. A base de ambos os drinks é o vinho espumante. O Bellini é uma bebida veneziana, produto da mistura entre espumante do tipo prosecco e suco de pêssego, a receita original italiana leva purê de pêssegos brancos, mas como se trata de um produto difícil de encontrar podes recorrer a sucos ou néctares. A Mimosa é, provavelmente, de origem espanhola e mistura partes iguais de espumante e suco de laranja, é a famosa bebida de brunchs em filmes e séries norte americanos. O Rossini, assim como o Bellini, é uma bebida que leva o espumante italiano prosecco como base, nesta versão, porém, o pêssego é substituído por suco de morango, servido na mesma proporção do vinho. Ambos os coquetéis são degustados em taças flutes, por conta dos espumantes. Ingredientes Para o Bellini: 100ml de espumante prosecco 50ml de purê ou suco de pêssego Para o Rossini: 75ml de espumante prosecco 75ml de suco de morango Para a Mimosa: 75ml de espumante 75ml de suco de laranja Modo de preparo 1. Basta misturar os ingredientes e está pronto o drink. Espanhola Esta batidinha já é uma queridinha aqui no Brasil. É um drink simples e muito agradável, principalmente para aqueles que curtem bebidas mais adocicadas. Normalmente é produzida com a mistura de vinho tinto seco, abacaxi, leite condensado e gelo, o que resulta num coquetel com boa estrutura e sabor docinho. Há quem adicione um pouco de canela nesta mistura, para dar perfume e um toque especial ao drink! Vale ressaltar que é necessário cuidado com o leite condensado, ele pode açucarar demais a bebida, então, seja moderado. Ingredientes 1 copo de vinho tinto seco 4 colheres de leite condensado 1 rodela de abacaxi gelo a gosto Modo de preparo 1. Leve todos os ingredientes ao liquidificador e bata para misturá-los, sirva em seguida. Caipivinho Há drink mais brasileiro do que a Caipirinha? Pois é, atualmente não faltam opções, podes tomar com cachaça, vodca, gim e, é claro, vinho! A receita é simples e o processo de preparo é o mesmo da caipirinha tradicional, apenas substituindo a água ardente por vinho seco, a receita tradicional leva o vinho tinto, mas há algumas versões com vinhos brancos ou verdes. Também, na hora de espremer o limão, é importante remover a parte branca da fruta, pois ela pode amargar o vinho tornando a bebida desagradável. Ingredientes 2 doses de vinho tinto seco 1 limão açúcar e gelo a gosto Modo de preparo 1. Esprema o limão com o açúcar. 2. Misture com o vinho e o gelo, sirva em seguida. Negroni Sbagliato Devo confessar, este é meu drink favorito desta lista! O Negroni é uma bebida bem seca e com toque amargo, super saborosa, tradicionalmente feita com partes iguais de Gim, Amaro e Vermute tinto. Nesta versão, contudo, o Gim é substituído por Espumante do tipo Brut que é misturado ao Vermute (um vinho fortificado com outra bebida alcoólica e especiarias) e ao Amaro (um licor italiano amargo, também conhecido como Campari), posteriormente é servido com bastante gelo e uma casca de laranja. Ingredientes 40ml de bitter Campari 40ml de Vermute Rosso 40ml de espumante Brut cascas de laranja gelo a gosto Modo de preparo 1. Encha um copo com gelo e misture as bebidas. 2. Torça sobre o drink a casca de laranja e utilize para decorar o copo. Kir ou Kir Royal O Kir é um coquetel francês preparado com certa medida de licor de cassis (licor vermelho escuro bem adocicado feito com groselhas) e depois completado com vinho branco, tradicionalmente um borgonha branco da uva Aligoté. Porém, há quem use outras cepas, como Chardonnay ou Chablis. Segundo contam, tal bebida foi criada em 1904 por um garçom chamado Faivre do Café George, da cidade de Dijon. O nome original era Cassis Blanc, porém o drink ganhou fama com a promoção de um político e herói de guerra francês chamado Canon Félix Kir - daí o costume do coquetel ser chamado por seu sobrenome. Na versão Kir Royal, ou Kir Royale, substitui-se o vinho branco por um espumante, normalmente um champanhe. Ingredientes Para o Kir: 15ml de licor de cassis 150ml de vinho branco Para o Kir Royal: 15ml de licor de cassis 150ml de espumante Modo de preparo 1. O ideal é resfriar previamente a taça para o preparo da bebida. Deixe uns minutinhos na geladeira, depois basta colocar o licor de cassis e completar com o vinho. 2. Em algumas receitas adiciona-se frutas frescas ou raspas de laranja sobre o drink pronto, é um opcional caso queira diferenciar. Sine Metu Este é um drink internacional: uma bebida alemã, feita com vinho português, whiskey irlandês, chá britânico e limão indiano. O nome, Sine Metu (que significa "sem medo") vem da frase presente no brasão estampado em cada rótulo da garrafa do uísque irlandês Jameson, desde 1780. Esta é a bebida utilizada como base para o coquetel, que também leva Chá earl grey (uma mistura de chá preto com infusão de tangerinas), limão-cravo (galego) e vinho do Porto. A receita é super simples! Vale muito a pena experimentar este drink inusitado. Ingredientes 40ml de vinho do porto 30ml de sumo de limão-cravo 80ml de uísque (Jameson Irish Whiskey) 100ml de chá earl grey Modo de preparo 1. Bata todos os ingredientes na coqueteleira e sirva em seguida. O ideal é consumir bem gelado. ... Viu só?! Não faltam opções para degustar belos vinhos em drinks. Agora é só escolher tua garrafa e aproveitar a folia!

  • Vinhos e comida de Boteco

    Como já disse algumas vezes, o vinho é uma bebida que vai bem com qualquer prato, basta escolhermos corretamente. Aí vão umas dicas de harmonizações à brasileira, aqueles clássicos aperitivos de boteco com belos vinhos brancos, rosés ou tintos. Torresmo Vamos começar pelo amado torresmo, um dos maiores clássicos de boteco. Aquela barriga de porco frita em óleo bem quente, resulta numa carne úmida e macia, com uma pele super crocante. Esta receita é gordurosa e salgada, por isso, o vinho para harmonizar deve ser capaz de quebrar o excesso de gordura e ser bem estruturado para dialogar com o sabor forte do torresmo. Os tintos mais encorpados e tânicos, como as cepas Shiraz, Tannat ou Cabernet Sauvignon, são boas opções. Como exemplo de harmonização nós temos o brasileiro Campanha Marselan - Tannat (2016) da vinícola gaúcha Salton. Possui corpo bem estruturado, taninos presentes e elegantes, 13,5% de graduação alcoólica e, com amadurecimento de 18 meses em barrica de carvalho, é uma bebida forte suficiente para acompanhar um torresminho. Frango à Passarinho Deliciosa porção de tulipas de frango fritas em óleo, comumente temperadas com limão e alho. Novamente temos um prato gorduroso, mas este com potência média de sabor, assim o vinho deve limpar o excesso de gordura em nossa boca ao mesmo tempo que precisará de um corpo mediano para não se sobressair em relação ao prato. Castas como Pinot Noir, Merlot ou Pinotage, podem gerar boas combinações, procure por boa acidez, taninos macios e corpo médio. Espumantes também são opções interessantes, caso prefiras as cepas brancas. Como exemplo de harmonização podemos citar o sul-africano Nederburg 56 Hundred - Pinot Noir (2017), que possui sabor frutado e fresco, corpo médio, taninos elegantes e 11,5% de teor alcoólico. Bolinho de Bacalhau Uma das nossas heranças portuguesas é, sem dúvidas, o amor pelo bacalhau! Assim, não dispensamos uns belos bolinhos deste peixe saborosíssimo. O vinho para harmonizar com estas delícias deve ser leve e ter boa acidez, de modo a ser compatível com o sabor suave e gorduroso dos petiscos. Minha dica é para apostar num belo Rosé, estes vinhos possuem corpo adequado para pratos mais suaves a base de peixe, também são mais ácidos e quebram a gordura de frituras. Como exemplo podemos citar o estadunidense Dark Horse The Original California - Rosé (2018), uma bebida frutada, com bela acidez e final agradável, produto de um blend entre as castas Barbera, Pinot Gris, Tempranillo e Grenache. Com 13% de teor alcoólico, é uma combinação perfeita para bons bolinhos de bacalhau. Pastel de Carne Seca Outro petisco clássico de bares e botecos, o pastel possui diversos sabores: carne, queijo, frango, pizza, e por aí vai... Para combinarmos pastéis com vinhos, o essencial é a escolha do recheio, assim, optamos por falar de nosso preferido: o pastel de carne seca, normalmente acompanhado de queijo tipo catupiry. Para este recheio, os vinhos tintos são a melhor aposta. De corpo leve para médio, para balancear com a carne seca que possui sabor forte, os taninos devem ser macios e com um toque de acidez que ajudará a quebrar a gordura da fritura. Como exemplo temos o australiano Oxford Landing - Shiraz (2017) um vinho de corpo leve, taninos elegantes, boa acidez e final agradável. Sua potência de sabor e elegância geram boas harmonizações com estes pasteizinhos deliciosos. Polenta Frita Outras porções que nunca ficam de fora dos cardápios de boteco são as de Mandioca/Aipim/Macaxeira, Batata ou Polenta fritas. Quando bem fritas e crocantes são uma perdição, podem ser cobertas por queijo, para aqueles que preferem, o que acaba por alterar um pouco na harmonização com vinhos. De maneira geral os vinhos brancos são ótimas opções, com boa acidez e sabores mais suaves. Se você é um dos fãs de muito queijo sobre a porção podes apostar num Chardonnay ou Sauvignon Blanc, se preferes tua porção pura, podes optar por um Pinot Grigio ou Gewürztraminer. Como exemplo temos o italiano Fantinel Borgo Tesis - Pinot Grigio D.O.C (2018), um rótulo leve, fresco, frutado, floral e com bom final. Em seus 12,5% de teor alcoólico acompanha bem estas porções. Coxinha Mas, é claro! Não poderíamos deixar ela de fora, nossa queridinha! A coxinha é um clássico brasileiro, desde a tradicional receita de frango até versões adaptadas como as coxinhas de pato, veganas ou doces. Para estes salgados, as melhores opções são os vinhos rosés, pois possuem boa acidez e corpo suficiente para o sabor dos petiscos. Para opções mais pesadas, como de carne seca ou pato, podes apostar num tinto mais suave, como Pinot Noir ou Merlot, já para as versões doces podes arriscar num espumante Moscatel. Como exemplo de harmonização com uma coxinha tradicional temos o chileno Calyptra Vivendo Reserve - Rosé (2018), um vinho jovem, leve, frutado, com acidez presente. Um varietal de Syrah com 14% de teor alcoólico, é uma ótima companhia para estes aperitivos. Viu só? Vinhos são ótimos acompanhamentos para quaisquer pratos e podem ser uma boa companhia para os clássicos de boteco! Quem sabe teu próximo Happy Hour possa ser num Wine Bar...

  • Vinhos para harmonizar com Hambúrguer

    Vinho é uma bebida para acompanhar pratos finos, certo? Não necessariamente! Vinhos harmonizam com as mais diversas receitas. Uma combinação, da qual eu particularmente gosto muito, é um bom vinho e um belo hambúrguer. As opções são as mais diversas, por isso, aí vai um post para esclarecermos como harmonizar essas duas delícias. Hambúrguer Bovino O tradicional hambúrguer de carne, pode ser aquele x-bacon salada do podrão da esquina ou mesmo um blend de carnes, com cebolas caramelizadas, cheddar e bacon daquela hamburgueria mais chique. Em ambos os casos, costumam ser sanduíches mais carregados nos sabores e acompanhamentos, por isso podem gerar ótimas combinações com os tintos mais encorpados, com presença de taninos e elegância nos aromas. Minha dica é um bom Merlot ou Malbec. Contudo, se preferes aqueles hambúrgueres onde a estrela é a carne, nos quais os queijos e condimentos são mais leves para valorizar os sabores dos cortes bovinos, a uva espanhola Tempranillo pode gerar um casamento perfeito. Hambúrguer de Costela Os hambúrgueres de costela estão ganhando os cardápios e paladares, são mais gordurosos, suculentos e possuem um sabor ímpar. Neste caso, uvas tintas de corpo mais pesado, aromas frutados e taninos macios resultam em boas combinações. O Malbec argentino parece feito para acompanhar carnes como estas. Outras opções interessantes podem ser um Tannat ou Syrah. Hambúrguer de Frango ou Peixe Há quem prefira as opções de hambúrgueres com carnes brancas, uma vez que costumam ser mais leves e delicados que os demais. Sendo assim, os vinhos brancos, mais suaves e com um toque de acidez, podem gerar a melhor combinação. Chardonnay ou Sauvignon Blanc são ótimas opções tanto para os peixes quanto para os frangos e, no caso de hambúrgueres de frango mais incrementados, com acompanhamentos mais pesados, a Gewürztraminer também deve ser considerada. Hambúrguer Suíno A carne de porco é uma das mais versáteis no que diz respeito a harmonizações com vinhos, afinal, os cortes podem ter sabores muito diferentes. Um hambúrguer de Mignon ou Picanha Suína podem combinar muito bem com um vinho branco, como Cardonnay, ou Rosés. Por outro lado, hambúrgueres de Pernil ou Costela Suína, mais pesados e gordurosos, podem ser harmonizados com vinhos tintos como Pinot Noir, Merlot ou Tempranillo. Hambúrguer de Cordeiro Outro tipo de hambúrguer que vem ficando famoso, o cordeiro é uma carne tenra, saboros e única que vai muito bem com vinho. O peso do vinho e os taninos devem dialogar com o preparo e acompanhamentos do hambúrguer de modo a completá-los. Os rótulos de vinhos de corpo mediano, elegantes e com taninos macios são boas opções para o cordeiro mais leve (como costumam ser nos hambúrgueres), por isso o Carménère, o Viognier ou o Merlot podem gerar harmonizações interessantes. Hambúrguer Vegetariano/Vegano As opções veganas e vegetarianas são cada vez mais comuns no mercado, incluindo hamburguerias. O segredo para harmonizar tais sanduíches com a bebida é pensar na base do hambúrguer em si, as opções feitas de cogumelos ou queijos mais pesados, por exemplo, podem ser acompanhadas de vinhos mais potentes como Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc ou mesmo blends tintos. Opções feitas a partir de legumes, tubérculos ou queijos mais leves podem ser combinados com vinhos mais leves como Pinot Noir, Riesling ou Rosés.

  • Harmonize vinhos e massas

    Eis um casamento perfeito, massa com vinho. Quando pensamos nos clássicos pratos de massas as opções são inúmeras: molhos vermelhos, brancos, com ou sem carnes, com ou sem queijo... Enfim, harmonizar tantas receitas com o vinho adequado pode ser uma tarefa difícil. Por isso, vamos tentar facilitar para ti! Como há muitas variações de massas e macarrões, mostraremos algumas harmonizações com base nas estrelas dos pratos, os molhos. Molho à bolonhesa Esta receita italiana é, sem dúvidas, uma das mais famosas. Existem menções a este prato desde o século XIII e acredita-se que foi inventada na cidade de Bolonha, daí o nome. Sua base é o molho de tomate, no qual é adicionado carne moída e temperos. Para estas massas devemos arriscar nos tintos mais potentes como Cabernet Sauvignon, Malbec ou Syrah. Algumas pessoas preferem harmonizar com branco, neste caso, aconselho vinhos com potência de tintos, como alguns rótulos de Chardonnay ou Blancs de Noir. Molho Bechamel O célebre molho branco já se tornou um clássico no Brasil, há quem o prefira em relação aos molhos vermelhos. Na realidade, é uma receita francesa que permite grande variedade de adaptações, podendo adicionar carnes, cogumelos, embutidos, queijos ou vegetais. Estas massas harmonizam muito bem com as uvas brancas mais tradicionais, como Chardonnay, Sauvignon Blanc e, para receitas mais carregadas, um Gewürztraminer ou mesmo um vinho tinto mais delicado, como Pinot Noir. Molho Pesto O pesto, molho italiano surgido em Gênova, possui base de manjericão, azeite, parmesão, pinoli, alho e sal. É um molho bem intenso e super aromático, de sabor marcante, por isso gera boas harmonizações com vinhos frescos e sutis, como um Sauvignon Blanc, ou para quem gosta dos tintos, um bom Grenache ou Marselan. Molho Cacio e Pepe Esta é uma receita ainda pouco conhecida para a maioria dos brasileiros, mas vem ganhando notoriedade com o passar do tempo. Um molho bem simples com apenas dois ingredientes, queijo (cacio) e pimenta preta (pepe), possui sabor cremoso e levemente picante. Por tudo isso é uma receita que harmoniza bem com vinhos aromáticos, como Gewürztraminer, Sangiovese ou Gamay. Molho de queijos No Brasil, o molho quatro queijos ou alfredo, por exemplo, já são clássicos das cantinas italianas. Estes molhos, com adição de queijos, são bem encorpados e potentes em sabor. O vinho ideal deve ser equilibrado, de corpo mediano, taninos presentes e elegantes, com boa acidez, para evitar que o prato se torne enjoativo. Invista num Merlot, Cabernet Franc, ou um Riesling, para os molhos mais fortes e num Pinot Noir, Sauvignon Blanc ou Vinho Verde (D.O.C) para os mais leves. Alho e Óleo Um prato muito leve e aromático, conhecido por quase todos. Vinhos frutados e leves podem gerar boas harmonizações, pois mantêm as mesmas características do prato. Riesling, Pinot Noir, Pinot Meunier, são castas para se apostar. Alla Carbonara O molho italiano carbonara, leva ovos, panceta (ou bacon) e queijo Parmigia. Por isso, faz-se necessário harmonizar com vinhos de corpo médio e taninos presentes, mas com boa acidez para ser agradável junto ao prato. Boas pedidas são Malbec ou Sangiovese. Molho de Frutos do Mar Há várias receitas de massas com frutos do mar, como o Alle Vongole ou molhos com camarões, por exemplo. Estes pratos necessitam de maior leveza, frescor e acidez, por isso o foco são os vinhos brancos e rosés. Chardonnay, Sauvignon Blanc, Catarratto e Vinhos Verdes (D.O.C), são opções interessantes. Viu só? Harmonizar massas e vinhos pode ser mais complexo do que pensamos, mas basta seguir algumas dicas para que possas fazer um jantar italiano perfeitamente harmonizado!

  • Acerte na Taça!

    Você já se viu perdido na seção de taças e copos do supermercado? Afinal, para que servem tantos tipos diferentes de taças? Aí vai um guia de taças para não se perder mais na hora de servir sua bebida favorita. 1. Taça de água As taças para água são simples e semelhantes às de vinho, porém com uma abertura maior e sua haste costuma ser um pouco menor. Como a água não tem grandes aromas ou sabores a serem preservados, a bebida necessita apenas de uma taça que conserve a sua temperatura, seja gelada ou ambiente. 2. Taça de Vinho Branco O vinho branco é comumente servido numa taça menor do que o vinho tinto. Isso porque a bebida deve ser consumida num recipiente que armazene seus aromas e sabores, mas que não permita o rápido aquecimento destes vinhos (que são bebidos em temperaturas mais baixas). 3. Taça Borgonha Esta taça é considerada ideal para os vinhos tintos mais delicados, como um Pinot Noir, por exemplo. Nela seus aromas ficam mais evidentes e próximos do nariz. Não é uma taça tão alta quanto a de vinho branco, já que o tinto não precisa ser consumido em temperaturas mais baixas. 4. Taça Bordeaux Esta taça, mais alta que a do tipo Borgonha, distancia o nariz do consumidor da bebida, sendo ideal para os vinhos mais encorpados, pois suaviza seus aromas. Cepas como Cabernet Sauvignon são servidas nesta taça. Ainda, por ser mais fechada na boca, impede a dispersão dos perfumes da bebida. 5. Taça ISO A ISO (International Standards Organization) é uma taça "coringa", porque possui medidas muito específicas e internacionalmente aceitas, podendo ser usada para qualquer tipo de vinho. Ela não é considerada ideal para nenhum, mas é um modelo que não prejudicará a degustação de qualquer rótulo. A ISO é muito versátil e bastante utilizada, possibilitando que você tenha um único conjunto de taças em sua casa. 6. Taça Flute A taça flute, conhecida como taça para champagne, é a mais fininha. Seu corpo mais alto auxilia na conservação da baixa temperatura da bebida, além de manter as famosas bolinhas do vinho por mais tempo, sendo ideal para espumantes. 7. Taça Balloon Snifter A balloon snifter tem bojo largo e boca estreita, mantendo assim os aromas da bebida. É bem baixinha, com uma haste curta, uma vez que o contato com o calor das mãos é importante para manter o conhaque em sua temperatura ideal. 8. Taça Martini Como o próprio nome denuncia, esta taça em formato de "Y" é ideal para consumir martinis e outros drinks gelados. Sua alta haste evita o contato das mãos com a região onde está a bebida, logo o drink permanece gelado por mais tempo. Seu formato e volume permitem a degustação em pequenos goles, afinal são bebidas complexas de teor alcoólico maior que os vinhos. 9. Taça Vinho de Sobremesa A taça de vinho do porto, ou para vinho de sobremesa, é ideal para rótulos licorosos. Possui um bojo bem menor que as demais, afinal, estas bebidas são consumidas em pequenas quantidades. Sua boca é estreita para preservar os aromas do vinho e apresentá-lo diretamente à ponta da língua, região na qual sentimos os sabores adocicados. 10. Taça Vintage Reza a lenda que seu formato foi moldado sobre o seio da Rainha francesa Maria Antonieta. Mitos à parte, esta taça foi usada durante muito tempo para consumir espumantes e frisantes. Contudo, especialistas não indicam sua utilização, pois sua boca larga não permite a manutenção dos aromas e das bolhas da bebida. Outras dicas: - Os vinhos obedecem uma regra de etiqueta quanto a quantidade na taça. Os vinhos tintos podem ser servidos em até 1/3 da capacidade total, os vinhos brancos até 1/2 e os espumantes no máximo 3/4 da taça. Não precisa encher até a borda! (Mas, é claro, como sempre digo, o que manda é o teu paladar. Isto são apenas etiquetas sociais e técnicas orientandas por sommeliers para melhor degustação) - As taças, com exceção da balloon snifter, devem ser seguradas pela haste, não pelo bojo. Isso porque as hastes existem para que nossas mãos não aqueçam a bebida. E então, curtiu? Agora sabes como acertar na escolha da taça ideal!

  • Vinho: champagne, espumante, prosecco ou frisante?

    Este é mais um post para esclarecer as diferenças entre algumas nomenclaturas de vinhos. Então, champanhe e espumante são a mesma coisa? Afinal, o que é prosecco, frisante ou lambrusco? Vamos esclarecer estas dúvidas a seguir. Espumante O espumante é um vinho que passa por dois processos de fermentação diversos, no primeiro, semelhante aos demais vinhos, o açúcar da uva é transformado naturalmente em álcool. Já no segundo, exclusivo aos espumantes, são adicionados fermentos à bebida para produção das famosas bolinhas, o gás destes vinhos. Assim, o espumante é um vinho, branco ou rosé, efervescente devido ao gás carbônico adicionado numa segunda fermentação. Champagne O champagne (também escrito champanhe ou champanha) é um vinho espumante no qual a segunda fermentação acontece dentro da própria garrafa, o chamado método champenoise. Ainda, para ser chamado champagne, o vinho deve ser produzido na região de Champagne, no nordeste França, e obrigatoriamente à base da uva branca Chardonnay e das tintas Pinot Noir e Pinot Meunier. Por isso podemos dizer que todo champanhe é espumante, mas nem todo espumante é champanhe. Frisante O vinho frisante é produzido naturalmente a partir de um único processo de fermentação, diferentemente dos espumantes. A caraterística que o diferencia de outros vinhos é a presença do gás carbônico, contudo em quantidade bem inferior a encontrada nos espumantes. O frisante pode ser encontrado tanto na versão branca, quanto rosé ou tinta. A versão mais famosa deste vinho é o frisante Lambrusco, produzido na Itália, na região da Emilia Romagna, um dos mais antigos vinhos da península itálica. Prosecco Do período romano até o ano de 2009, o nome prosecco esteve relacionado a uma casta de uva branca proveniente do Nordeste da Itália, mas que podia ser cultivada em diversas regiões. Com a fama crescente da bebida, os produtores italianos investiram em resgatar as raízes por trás deste vinho. Após diversas conquistas, que se iniciaram na década de 1930, foi em 2009 que a região do prosecco recebeu o título de Denominação de Origem Controlada e Garantida (DOCG). Assim, atualmente, chama-se prosecco o vinho proveniente desta DOCG (e sob regulamentos específicos) e a uva passou a ser nomeada Glera. E então? Ficaram dúvidas sobre estes tipos de vinhos? Mande para a gente. Encham tuas taças e saúde!

  • Vinho: seco, demi-sec, suave, doce ou licoroso?

    Já observou que alguns exemplares de vinhos finos (produzidos a partir de uvas viníferas) trazem em seu rótulo os dizeres "meio seco" ou "demi-sec"? Isso significa que a bebida é doce ou suave? A confusão é normal, afinal, estes termos são definidos por legislação específica brasileira. Veja quais são as diferenças entre estes tipos de vinho: Vinho Seco Nomeia-se vinho seco fino as bebidas produzidos somente com uvas finas, viníferas, e que possuam um limite regulamentado de açúcares totais. Se produzido com uvas de mesa, americanas, pode ser chamado vinho seco de mesa. O decreto Nº 8.198, de 20 de fevereiro de 2014, é a legislação brasileira que trata sobre a produção, circulação e comercialização de vinhos e derivados da uva. Esta lei define que, para um vinho ser chamado seco, é necessário que possua até 4 gramas de glicose por litro de bebida, sendo este o limite válido para vinhos finos, de mesa, ou frisantes. Vinho Meio-seco Os vinhos demi-sec, ou meio-seco, são bebidas, de uvas finas ou de mesa, que possuam um teor de glicose por litro entre 4,1g e 25g. Observe que há uma abrangência muito grande para este tipo de vinho, assim existem meio-secos que são praticamente secos e outros que são praticamente doces no paladar. Muitos vinhos importados, que são considerados secos em seu país de origem, precisam ser rotulados novamente no Brasil por possuírem um pouco mais que 4g/L de açúcares, isso não faz deles bebidas mais doces, ou com adição de açúcar de cana, é apenas uma especificidade daquela uva ou região. Vinho Suave ou Doce O vinho suave ou doce, diferente do que muitos pensam, podem ser produzidos tanto com uvas de mesa, quanto com uvas finas. A divergência com os demais tipos vem novamente com o teor de açúcares, para ser chamado suave ou doce o vinho deve ter mais de 25g de açúcar por litro de bebida. O vinho fino, com uvas viníferas, possui um limite máximo de 80g/L, não há limite aos vinhos de mesa. Como ambas as nomenclaturas são permitidas por lei, os produtores costumam rotular os vinhos de acordo com as características da bebida, as menos doces são ditas suave e as mais adocicadas são ditas doce. Vinho Licoroso ou de Sobremesa O vinho licoroso, apesar de ser um dos gêneros mais adocicados de vinhos, não leva açúcar de cana em sua composição. O dulçor pode ser uma característica proveniente de um fungo (chamado Botrytis Cinerea), ou da chamada colheita tardia (uma prática na qual a uva é colhida, geralmente, depois de um mês de maturação), ainda pode ser um vinho fortificado devido ao seu alto teor alcoólico. Segundo a legislação brasileira, o vinho licoroso pode ser seco quando possuir até 20g/L de açúcares, ou doce quando possuir acima de 20g/L. Vale ressaltar ainda que os vinhos Espumantes, Compostos ou Gaseificados seguem outros padrões, também citados no decreto 8.198/2014. E aí? Qual destes é o seu favorito? Escreva para a gente, mande suas dúvidas. Seja qual for sua preferência, encha uma taça e saúde!

  • O velho e o novo Mundo dos vinhos

    Tu já deves ter ouvido as expressões Velho Mundo ou Novo Mundo no que se refere aos vinhos. Existem muitas diferenças entre as bebidas produzidas nestas duas regiões, portanto, neste post, falaremos um pouco mais sobre estas nomenclaturas muito comuns no universo vitivinícola. Pode-se dizer que tais expressões se referem à procedência geográfica dos vinhos,de maneira geral, velho mundo corresponde às bebidas da Europa e novo mundo aos vinhos procedentes de países que passaram pelo processo de conquista europeia. Como destaques do Velho Mundo podemos citar Alemanha, Espanha, França, Itália e Portugal, sem nos esquecermos que não se limitam a tais países. O Reino Unido, Países Baixos, Croácia, Eslovênia, Hungria, Israel e China, entre outras nações, também possuem bons rótulos no mercado. Por outro lado, no Novo Mundo temos as antigas colônias europeias que hoje se especializaram na produção vinícola. Seus destaques são a África do Sul, Argentina, Austrália, Brasil, Chile, Estados Unidos e Uruguai. Mas há ainda o Canadá, Nova Zelândia, Índia e México, bastante presentes na atualidade. O Velho Mundo Ao dizermos que certa bebida é do novo ou do velho mundo, além da geografia, isso nos remete a diversos processos e modos de pensar o vinho. A produção europeia é muito voltada à tradição por meio do chamado Terroir, a junção da região, ao clima e solo. Assim, são produtores mais conservadores, voltados às práticas enoculturais de seus antepassados e mantendo vivas bebidas milenares. Outra prática comum em território europeu são as rígidas e restritivas leis que visam cercear a produção dos vinhos de acordo com a região, garantindo uma certa autenticidade. Justamente por isso é comum que os rótulos do velho mundo tragam o nome da região produtora e não das uvas que o geraram. Afinal, esses vinhos foram produzidos através do conhecimento de seus enólogos e de uma rica herança cultural. O vinho do velho mundo presa pela tradição. Muitos sommeliers apontam para a sutileza dos vinhos europeus, sendo bebidas complexas, com presença de taninos, aromas minerais e boa acidez, normalmente passam por um estágio em barrica para agregar elementos ao vinho. Seus rótulos, tintos ou brancos, visam apresentar sabores com as qualidades que a região pode oferecer às uvas. O Novo Mundo Enquanto isso, o novo mundo tem investido em novas tecnologias, favorecendo e diversificando o mercado, a produção e o conhecimento sobre o vinho. Seus produtores, por não terem que seguir restritas legislações de elaboração, tem ampliado os sabores, perfumes e experiências ao consumir vinhos dos mais diversos com inovadoras técnicas. Estes vinhos ganham cada vez mais adeptos no mercado consumidor, uma vez que podem adaptar livremente as características de suas bebidas para agradar seus clientes. Nos Estados Unidos, durante o século XX, iniciou-se a prática de estampar o nome da(s) casta(s) nos rótulos dos vinhos. Esta foi uma estratégia mercadológica para chamar atenção dos consumidores que agora podem se identificar com o estilo e características de cada uva. O vinho do novo mundo presa pela diversidade e tecnologia. As bebidas do novo mundo são, geralmente, mais intensas com fortes cores e perfumes. A grande maioria dos rótulos são pensados para o consumo ainda jovens, sem barrica, e visam apresentar os sabores e qualidades das próprias uvas que compõem o vinho. De fato há muitas diferenças entre os vinhos do velho e do novo mundo e, se formos analisar de perto, as divergências são grandes mesmo entre estas regiões. Por isso não podemos definir qual deles produz os melhores vinhos, ambos possuem suas qualidades de formas distintas. Então, aventure-se em ambos os mundos, conheça novos rótulos, aromas e sabores, independentemente de onde vierem. Beba e viva sem preconceitos, saúde!

  • Vinhos para harmonizar com Churrasco

    Carne combina com cerveja gelada, não é? Sim, mas não apenas. Aprenda a harmonizar vinhos para variar no churrasco. Existem vinhos que geram combinações maravilhosas com as mais variadas carnes. Ainda que as cervejas sejam as favoritas quando o assunto é churrasco, os vinhos tem ganhado cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Confira algumas dicas de harmonizações para acertar na combinação. Primeiro vamos às carnes vermelhas, as estrelas do churrasco. Via de regra harmonizam-se com vinhos tintos, de preferência as cepas mais robustas e encorpadas, com taninos bem presentes de forma a dialogar com a potência e gordura das carnes. Cabernet Sauvignon, Malbec ou Tannat, costumam ser castas "coringas" quanto se deseja harmonizar vinhos e carnes, possuem complexidade suficiente para acompanhar Contra-filé, Picanha, Maminha, Filé Mignon, Cupim, Carnes Suínas, como a tradicional Linguiça Toscana, e etc. Se preferes as carnes mais magras ou se pretendes fazer uma churrasqueada à brasileira bem completa (com carne, frango, queijo, pães de alho, arroz, vinagrete, farofa) podes apostar nos vinhos de corpo mediano ou nos mais jovens de castas como Pinot Noir, Carménère ou mesmo os blends tintos. Caso a tua ideia seja preparar aquela Costela com molho, os vinhos da uva Syrah geram uma combinação clássica. Para churrascos de frango, peixes, frutos do mar ou vegetarianos a aposta ideal é nas cepas mais tradicionais de uvas brancas como Chardonnay, Sauvignon Blanc. Também podes combinar com Espumantes como Bruts ou Blancs de Noir, além dos Rosés e Vinhos Verdes que possuem acidez interessante para tais combinações. Seja como for, há sempre um bom vinho para uma boa refeição. E o churrasco com a família ou amigos pode ser uma boa oportunidade para aproveitar novos rótulos de vinho, muito além da cerveja de sempre (podes ser ainda mais ousado e ficar com ambas as bebidas). Mas beba com moderação, bon appetit!

  • Vinho verde, você conhece?

    Já ouviste falar de Vinho Verde? Apesar do que parece, o nome não está relacionado com a cor da bebida. Assim são chamados os vinhos produzidos na Região Demarcada dos Vinhos Verdes, ao Noroeste de Portugal, uma denominação de origem controlada desde 1908. Essa é a maior região demarcada do país, e uma das maiores de toda a Europa. Assim sendo, somente os vinhos produzidos nesta região podem ser declarados vinhos verdes, independentemente de sua cor. Existem Vinhos Verdes brancos, tintos, rosés e espumantes, há ainda vinagres e aguardentes de vinho verde. Costumam ser bebidas consumidas jovens, de agradável frescor e acidez, com baixa presença de taninos. Vale ressaltar, também, que os vinhos verdes são os segundos mais exportados de Portugal, atrás apenas do vinho do Porto. Caso tenha se interessado por essa Região Demarcada portuguesa, aí vão dois exemplos de vinhos verdes disponíveis no mercado brasileiro: 1. Artefacto Vinho Verde - Portugal (2018) Este demi-sec é um blend das cepas brancas Azal, Arinto e Loureiro, produzido pela vinícola Luís Duarte Vinhos, possui aroma cítrico de frutas com toque floral, é leve e super refrescante ao paladar. Com 11,5% de teor alcoólico deve ser servido frio, cerca de 8ºC, ideal para nosso calor tropical. É uma ótima bebida para se consumir sozinha, ou harmonizadas com sushi, frango, queijos frescos e saladas. Encontra-se na faixa de R$44,59 na Wine. 2. Casal Garcia Vinho Verde Rosé - Portugal (2016) Este é um Rosé verde, apesar de parecer contraditório - Há também as opções Branco, Branco Doce e Tinto. Produto de um blend entre Vinhão, Azal Tinto e Borraçal, possui o frescor típico dos vinhos da região. Seu aroma remete a frutas vermelhas, de paladar leve e frutado, com 10% de teor alcoólico, harmoniza bem com aperitivos, frutos do mar e massas leves. Também deve ser servido em menor temperatura, cerca de 6ºC. Encontra-se na faixa de R$62,99 pelo Pão de Açúcar. Agora, podes escolher novos rótulos desses portugueses veranis e se aventurar no universo dos Vinhos Verdes!

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