As práticas alimentares são evocadas na filmografia dos Studios Ghibli através de belas cenas que mesclam os alimentos com as alegorias dos enredos e das personagens, representando-os a partir da estética peculiar dos animes japoneses e combinandos à musicalidade e fotografia.
A alimentação se torna tão vívida que o público é tomado pelo anseio de saltar à tela para experimentar os pratos e participar das comensalidades expostas. De fato, a comensalidade e as práticas alimentares são constantes em diversos trabalhos e, como exemplo de algumas dessas simbologias evocadas pelos animes do estúdio, podemos citar:
A alimentação enquanto nostalgia, familiaridade e memória em Da colina Kokuriko (2011); comida de conforto em Ponyo (2008); comensalidade e hospitalidade em O Castelo Animado (2004); o afeto através da cozinha e a autonomia em O Serviço de Entregas da Kiki (1998); o alimento enquanto cuidado, capaz de promover vínculos e recompor a saúde em Meu Amigo Totoro (1988); ou, a excruciante experiência da fome durante a guerra em O Túmulo dos Vagalumes (1988).
Apesar dessas muitas possibilidades, talvez seja justamente em A viagem de Chihiro (2001) que encontramos um maior corpus de referências dietéticas, utilizadas para pensar as éticas alimentares, bem como as alegorias do mundo fantástico que se desenham ao longo do roteiro e suas metáforas da realidade.
No Ensaio ÉTICA ALIMENTAR E SIMBOLOGIAS DIETÉTICAS EM “A VIAGEM DE CHIHIRO” (2001), aborda-se com maior profundidade a representação e importância dos alimentos, bem como suas projeções ético-filosóficas nas personagens da animação, buscando as simbologias do ato de comer dentro desse filme!
Saiba mais em:
RUZENE, Felipe Daniel. ÉTICA ALIMENTAR E SIMBOLOGIAS DIETÉTICAS EM “A VIAGEM DE CHIHIRO” (2001). In: Oriente 23: Orientalismos, Mídias e Arte. Rio de Janeiro: UERJ, 2023.
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